Graduado em Economia pela Ufes, com MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV e MBA em Digital Business pela USP. Atua há 15 anos no mercado financeiro e atualmente é diretor do Banestes.

Como proteger o bolso e os negócios do tarifaço de Trump

A diversificação é essencial para mitigar riscos, não apenas para investidores, mas também para profissionais e empresas

Vitória
Publicado em 15/07/2025 às 09h51

A proteção contra o tarifaço de Trump é crucial para preservar renda e patrimônio. O anúncio feito pelo presidente Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA, gerou reações intensas. Essa medida afeta setores econômicos chave do Brasil e destaca a vulnerabilidade do país a choques externos.

Regiões como o Espírito Santo, que têm forte ligação com o comércio internacional, serão muito impactadas. Por exemplo, o Estado exporta uma grande parte de seus produtos para os Estados Unidos, e setores como rochas ornamentais, celulose, aço e café estão preocupados com a perda de competitividade. Além disso, medidas protecionistas desse tipo pressionam o dólar, aumentam os custos de importação e podem acarretar em inflação e altas taxas de juros no Brasil.

economia, Brasil, mercado, investimentos
Eventos como o tarifaço de Trump têm um impacto amplo na economia . Crédito: Shutterstock

Eventos inesperados, como o tarifaço, têm um impacto amplo. A economia global, interconectada e suscetível a decisões políticas, enfrentou diversas crises nos últimos anos. A pandemia de Covid-19, em 2020, causou interrupções nas cadeias de suprimentos, queda do PIB e aumento recorde do desemprego.

Em 2022, o conflito entre Rússia e Ucrânia desestabilizou o mercado de energia e fertilizantes, afetando significativamente o agronegócio brasileiro. Eventos como a crise do subprime em 2008 e as mudanças nas políticas monetárias dos EUA também impactaram investimentos, câmbio e consumo interno.

Esses exemplos destacam a importância de se evitar depender exclusivamente de uma única fonte de renda, cliente, país ou mercado. A diversificação é essencial para mitigar riscos, não apenas para investidores, mas também para profissionais e empresas.

Diversificar envolve distribuir ativos, fontes de renda e operações de forma a não comprometer todo o resultado se algo falhar em uma área. No mercado financeiro, isso se traduz em investir em diferentes classes de ativos, setores e moedas. Esse princípio também se aplica à gestão de negócios e carreiras.

Para investidores, estratégias de diversificação incluem investir em diferentes setores, regiões e classes de ativos. A exposição internacional pode reduzir o risco Brasil e oferecer acesso a setores indisponíveis localmente. Empresários podem diversificar expandindo para novos mercados, realizando fusões, explorando novos canais de venda ou desenvolvendo produtos que gerem receita regularmente. Profissionais podem buscar renda extra por meio de consultoria, produção de conteúdo, participação em negócios complementares ou investimentos para reduzir a dependência de uma única fonte de renda.

Em resumo, o tarifaço de Trump destaca a necessidade de estruturas financeiras e profissionais mais resilientes. Em tempos de incerteza global, a diversificação é crucial para atravessar crises econômicas com segurança. Proteger o bolso requer pensar estrategicamente e diversificar fontes de renda, negócios e investimentos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.