É administradora, especialista em Gestão de Recursos Humanos e profissional certificada Anbima CPA-10 e CPA-20. Tem 23 anos de experiência com orçamento, investimentos e planejamentos previdenciário e sucessório. Trabalha com ESG e na prevenção de lavagem de dinheiro.

Preso na 'corrida dos ratos'? Saiba como escapar do ciclo das dívidas

Descubra como sair do ciclo de trabalhar, pagar boletos e nunca conquistar a independência financeira, sem cair nas armadilhas do consumo e da renda ilusória

Vitória
Publicado em 29/08/2025 às 08h29

O relógio segue correndo e você ainda está na "corrida dos ratos"? Você trabalha dia após dia para fazer dinheiro e pagar contas? Após anos pagando boletos, você mal conseguiu construir um patrimônio? Ou sequer gerar riqueza que te permita ter liberdade financeira?

Pois bem, esse círculo vicioso foi chamado há muito anos de “Teoria da Corrida dos Ratos”, desde a Crise de 1929,; depois, no 2º pós-guerra, mas só foi amplamente divulgado no livro “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki. Nada mais é que uma metáfora segundo a qual, sem Educação Financeira, quanto mais se “ganha” mais se gasta e a necessidade de se trabalhar mais para cobrir os novos gastos acaba virando uma roda sem fim.

 Crédito: Ilustraçaão gerada pelo ChatGPT
Crédito: Ilustraçaão gerada pelo ChatGPT

O livro traz muitas lições e muitos passam correndo pela teoria, focando apenas na renda passiva. Sem a consciência de que é necessário manter os gastos sob controle e dominar a mente. Caso contrário, a renda passiva também alimentará um novo gasto.

Atualmente, dizer que a maioria dos brasileiros está endividada é chover no molhado; um trecho de música que só se repete em disco arranhado. Mais uma vez, é preciso ir para o embate com quem está à frente do poder político e econômico. A base deve ser educação financeira nas famílias e nas escolas, e sem apoio dos agentes à frente dos poderes, qualquer projeto fica sem lastro.

Acreditar que uma promoção ou um aumento de salário resolverá todos os problemas de um indivíduo ou de uma célula familiar e trará felicidade é ilusão, mera expectativa. Portanto, é preciso retomar o gosto pelas ciências econômicas, pela filosofia e repensar: “Estou vivendo ou só existindo?”

Então, reflita... É você quem toma suas decisões ou é o sistema? O ambiente? Os amigos? A família? Os bancos? Os colegas de trabalho? Quem é dono do seu dinheiro?

O dinheiro te liberta ou te escraviza. É uma escolha! Tudo está entre o medo e o desejo. O problema não é o quanto você ganha, é no termo “ganha”. A partir da hora em que se substitui “ganhar dinheiro” por “fazer dinheiro”, começa um processo de abertura da consciência e se inicia uma explosão de saber e de significância do valor da sua hora. O seu “Eu consciente” enxergará que controlar o que gasta ficará mais fácil porque pensará em quantas horas precisará trabalhar para fazer aquele X valor para comprar aquele item no valor X.

Dessa forma, seguem três regras ou três fatores básicos para equilibrar o ponto na linha entre o medo e o desejo que te fazem gastar mais ou menos:

  • Ter despesas menores do que a renda que faz por mês;
  • Comprar certo: pensar e refletir antes de comprar; analisar qualidade e preço;
  • Aprender a investir seu dinheiro. O dinheiro é seu! A decisão é sua!

Em síntese, use sua consciência para dominar sua mente em nível inconsciente. O domínio de si mesmo é uma das maiores virtudes de um ser humano. Existem dívidas que são silenciosas, aquele mimo que dá para alguém sem pensar, aquele chiclete fora do orçamento, aquele café fora do orçamento, os aniversários dos amigos do filho que você acha que não pode dizer não, o amigo X, a vaquinha para alguém.

Reestruture seu orçamento sem renunciar à qualidade de vida. Começar a investir com segurança é melhor do que buscar rentabilidade no início. Se possui múltiplos talentos faça renda extra. O bem-estar financeiro é importante para sair da corrida dos ratos e ter saúde profissional, isso é mais que provado. Trabalhar para pagar boletos é o pior mal que existe para você no mundo de hoje, acredite!

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