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Raio-x do MP: a cada dez júris populares no ES, nove terminam em condenação

Foram 625 casos de sentenças condenatórias que acompanharam as denúncias apresentadas pelo Ministério Público; a maioria em casos de homicídio

Vitória
Publicado em 21/10/2025 às 03h30
Júri popular - julgamento - tráfico - tribunal
Crédito: Arte - Camilly Napoleão com Adobe Firefly

A cada dez júris populares realizados no Espírito Santo, nove terminam com sentenças de condenação de um ou mais réus, revela estudo realizado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Entre janeiro até a metade de outubro deste ano foram realizados 695 júris populares. Em 90% deles a decisão final do processo acompanhou a denúncia realizada pelos promotores de Justiça.

O que corresponde a 625 casos de sentenças favoráveis ou parcialmente favoráveis, contra 70 contrárias.

De acordo com o procurador-geral de Justiça Francisco Martinez Berdeal, os dados mostram uma atuação eficaz da instituição nos casos encaminhados para o Tribunal do Júri.

“O número revela um fortíssimo trabalho do MP para que não haja impunidade, bem como comprometimento com a segurança pública do Espírito Santo”, destacou Berdeal durante a sua participação na 20ª edição do Pedra Azul Summit, organizado pela Rede Gazeta.

No evento, o governador Renato Casagrande informou que o Estado vem apresentando redução no número de homicídios e que pode encerrar o ano com uma nova queda histórica nas mortes violentas intencionais, com menos de 800 casos.

Um enfrentamento à violência urbana, destacou Casagrande, feito com ações que integram todos os poderes e instituições.

Crimes contra a vida

Os números apresentados pelo MP se referem a casos que são de atribuição do júri popular, como infanticídio, aborto e induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.

Mas a grande maioria são de homicídios e muitos deles relacionados ao tráfico de drogas. Um exemplo foi o júri popular encerrado no mesmo final de semana em que os debates no Pedra Azul Summit ocorreram.

Um crime brutal de um traficante espancado, morto a facadas e que teve a cabeça cortada. Posteriormente o seu corpo foi queimado junto com o veículo. Nove pessoas foram denunciadas pelo crime, incluindo o criminoso Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo. Os jurados condenaram sete deles.

Berdeal observa que a atuação dos promotores em casos como este tem feito com que muitas lideranças desses grupos criminosos permaneçam presas em decorrência das sentenças, muitas delas impondo penas elevadas. Ação que impacta na diminuição das mortes violentas e da impunidade.

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