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Fuga de traficantes do Rio para o ES é 'pouco provável', avalia secretário

Leonardo Damasceno diz que Estado está pronto para agir, se necessário; também elogiou operação realizada no Rio

Vitória
Publicado em 29/10/2025 às 03h30
Megaoperação Rio
Crédito: Reprodução de vídeo/PCR

O secretário de segurança pública, Leonardo Damasceno, considera como “pouco provável” a fuga para o Espírito Santo de traficantes do Rio após a megaoperação contra o Comando Vermelho, realizada nesta terça-feira (28).

Também avalia que não deve ocorrer um movimento de retorno por parte dos criminosos capixabas que estão foragidos no Complexo do Alemão e da Penha, onde ocorreram as operações das polícias militar e civil.

Para as duas situações assinala que há monitoramento constante. “Vamos agir, se necessário, mas os criminosos do Estado sabem que as chances de serem presos ao retornarem são elevadas e os do Rio são casos esporádicos e de pouca relevância, que vão resultar também em prisões", observa.

E cita casos como o do “senhor da guerra”, liderança do tráfico de Angra dos Reis preso em Guarapari no primeiro semestre deste ano.

Combate e confronto

A ação no Rio, que está sendo considerada a mais letal, visava cumprir mandados de prisão contra integrantes da facção criminosa, resultou em 81 prisões e em 64 mortes, 4 delas de policiais. 

No final do dia, houve represálias do tráfico, causando um cenário de guerra na cidade.

Mas foi uma iniciativa necessária, pondera Damasceno. “Lamentamos as mortes, as perdas de policiais, foi um enfrentamento difícil, mas necessário porque ajuda a enfraquecer as estruturas criminosas”.

Relata que havia uma demanda por parte dos secretários de segurança de outros estados de combate aos criminosos que encontram refúgio no Rio e de lá continuam controlando suas facções.

“O Rio precisava desta ação, demonstrar que não é um hotel de luxo dos faccionados”, pontua. 

Um dos mortos na operação era um traficante capixaba, Alisson Lemos Rocha, conhecido como Russo ou Gordinho do Valão, de 27 anos, que estava foragido no Complexo do Alemão. 

Em relação ao combate dos mesmos grupos criminosos no Espírito Santo, destaca que há diferenças importantes.

A começar pelo tamanho das comunidades no Rio, algumas delas com população até superior a das maiores cidades capixabas. “O que torna o enfrentamento e a progressão das forças policiais nestas áreas muito mais difícil. Aqui a situação é diferente, com comunidades bem menores”.

Pontua que por aqui não há domínio das áreas pelo tráfico e as polícias conseguem estar presentes nas comunidades. “A ausência leva a situações como a do Rio, onde é necessário blindados para chegar a determinados locais”.

Outro ponto que favorece, acrescenta, vem da integração das forças de segurança e seus setores de inteligência. “É um diferencial viabilizado pelo programa Estado Presente, com uma atuação integrada que nos é favorável. O problema deles é maior, mas aqui nos unimos para combatê-lo”, aponta.

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