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Polícia retira nome de traficante do ES da lista de mortos em operação no Rio

Polícia retira nome de traficante do ES da lista de mortos em operação no Rio

Alisson Lemos Rocha, conhecido como "Russo" ou "Gordinho do Valão", é apontado como chefe do tráfico de drogas na Serra, Ele teve seu nome divulgado na primeira lista de mortos

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 06:58

 - Atualizado há um mês

Alisson Lemos Rocha, vulgo como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, de 27 anos, foi morto em megaoperação no Rio de Janeiro
Alisson Lemos Rocha, vulgo “Russo” ou “Gordinho do Valão”, de 27 anos, teve seu nome retirado da lista de mortos durante operação no Rio de Janeiro Crédito: Redes sociais

Quatro nomes — um deles do Espírito Santo — que constavam na primeira lista de suspeitos mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha no Rio foram retirados da relação final divulgada pela Polícia Civil na segunda-feira (3).

Alexsandro Bessa dos Santos, Alisson Lemos Rocha, Claudinei Santos Fernandes e Michael Douglas Rodrigues Fernandes, que apareciam na primeira lista de corpos identificados, não constam na relação final.

Alisson Lemos Rocha, conhecido como "Russo" ou "Gordinho do Valão", é apontado como chefe do tráfico de drogas na Serra, na Grande Vitória. Ele é investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra por envolvimento em um assassinato em abril deste ano.

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) aqui do Espírito Santo respondeu que: "Em apuração com as autoridades do Rio de Janeiro, foi confirmada a morte de Alisson Lemos Rocha. As circunstâncias do fato da retirada do nome dos mortos, no escopo da Operação Contenção, devem ser solicitadas às Secretarias das forças de segurança do Rio de Janeiro".

Conforme apuração da TV Gazeta junto à Sesp, a esposa de Alisson reconheceu e enterrou o corpo do marido na manhã desta terça-feira (4) e o atestado de óbito dele foi emitido. Além disso, a perícia do Rio de Janeiro teria confirmado a morte para as autoridades capixabas novamente nesta terça-feira. 

A reportagem de A Gazeta aguarda retorno da Polícia Civil do Rio de Janeiro para entender em que circunstância Alisson morreu. Quando houver retorno, o texto será atualizado.

Alisson é uma das principais lideranças do crime nos bairros  Barro Branco e Parque Residencial Mestre Álvaro. Também tem ligação com facções de Nova Carapina. É considerada uma pessoa extremamente perigosa, segundo o delegado Pedro Henrique, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município serrano.

Identificação em duas etapas

De acordo com a Polícia Civil, a "identificação dos opositores mortos é realizada em duas etapas, confronto por sistemas de reconhecimento facial e validação por perícia papiloscópica. Apenas após a validação pericial, o registro de identificação é concluído".

A polícia não diz quem são os quatro nomes retirados da lista e se tinham qualquer relação com a operação.

O Governo do Rio conclui o trabalho de identificação dos corpos no fim deste domingo. Foi possível identificar 117 dos 119 suspeitos mortos. De acordo com a Polícia Civil, mais de 95% dos identificados "tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho". Dois laudos resultaram em perícias inconclusivas.

A lista mostra, ainda, que 62 mortos são de outros estados:

  • Pará: 19
  • Amazonas: 9
  • Bahia: 12
  • Ceará: 4
  • Paraíba: 2
  • Maranhão: 1
  • Goiás: 9
  • Mato Grosso: 1
  • Espírito Santo: 3
  • São Paulo: 1
  • Distrito Federal: 1

A Defensoria Pública do Estado diz que os corpos de 117 mortos na operação foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) neste domingo, 2. Os cadáveres estavam em processo de perícia.

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