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Pedágio da Rodosol: a nova fronteira na Assembleia Legislativa do ES

Requerimento de urgência para votar projeto que susta reajuste na Terceira Ponte e na rodovia foi rejeitado pelos deputados

Vitória
Publicado em 10/02/2022 às 02h30
Praça de pedágio da Praia do Sol fica na altura do km 30 da Rodovia do Sol, em Guarapari
Praça de pedágio fica na altura do km 30 da Rodovia do Sol, em Guarapari. Crédito: Divulgação

Após rejeitar pedidos para que projetos contra o passaporte vacinal e outros temas fossem votados a toque de caixa na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, os deputados estaduais se debruçaram, nesta quarta-feira (9), sobre o aumento do pedágio na Rodovia do Sol, reajustado em 16%, e na Terceira Ponte, turbinado em 9%.

Em ano eleitoral, temas sensíveis começaram a aportar na casa. O deputado Carlos Von (Avante), que é de Guarapari, onde está localizado o pedágio da Rodovia do Sol, apresentou requerimento de urgência para agilizar a tramitação de um projeto de decreto legislativo de autoria dele mesmo.

A proposta susta os efeitos da portaria da Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp) que estabeleceu os novos valores dos pedágios: R$ 4,20 na Terceira Ponte e R$ 10,90 na rodovia.

Von queria que o projeto de decreto legislativo fosse votado logo. O líder do governo na Assembleia, Dary Pagung (PSB), pediu que os colegas rejeitassem o pedido e, assim, a proposta tramitaria de forma normal, com tempo para discussão.

Como resultado, 17 deputados votaram contra o requerimento de urgência. Nove votaram a favor. O projeto de decreto segue tramitando na Assembleia.

"Vai acabar o contrato (do governo estadual com a Rodosol) e não vai ser votado. Essa Casa votou a favor do aumento do IPVA, votou a favor da aglomeração das pessoas em ônibus, votou a favor do passaporte da vacina e agora vota a favor do aumento do pedágio", bradou Carlos Von.

Coube a Janete de Sá (PMN) lembrar de um detalhe:

"As pessoas precisam ficar atentes a essas pautas que são colocadas apenas no ano eleitoral. IPVA, pedágio ... apenas no ano eleitoral. Pautas como essa têm que ser discutidas em todo o período. Em ano eleitoral pede-se regime de urgência. Toda a Casa concorda que tem que discutir. Não é em discussão rápida e votação açodada, criando vulnerabilidade em contratos firmados pelo governo do estado. É injusto dizer que essa casa vota contra a população".

O deputado Sergio Majeski (PSB), que normalmente vota contra pedidos de urgência, desta vez votou sim ao requerimento de Carlos Von.

Mas o resultado foi mais uma vitória do governo Casagrande, que orientou a base a se posicionar de forma contrária.

Bruno Lamas (PSB), outro governista, propôs que a Assembleia crie uma comissão para acompanhar o fim do contrato de concessão com a Rodosol, que deve terminar em pouco mais de um ano.

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