A ONG Espírito Santo em Ação, formada por empresários e executivos, posicionou-se nesta terça-feira (23) contra a PEC da Blindagem. Em manifesto, a entidade considerou que "num país marcado por lutas contra a impunidade e pela consolidação das instituições de controle, retroceder nesse terreno significa minar a confiança da sociedade no Estado e a credibilidade da política".
"Blindar é negar o direito da cidadania à verdade e à justiça", diz ainda o texto. A PEC aprovada pela Câmara dos Deputados vai ser analisada pelo Senado e prevê, entre outras questões, que deputados federais e senadores só possam ser processados criminalmente se os colegas deles, também deputados e senadores, autorizarem. Tal decisão seria tomada pelo Legislativo por meio de voto secreto.
Na Câmara, a proposta contou com o apoio de sete dos dez deputados federais do Espírito Santo. Jack Rocha (PT), Helder Salomão (PT) e Gilson Daniel (Podemos) votaram contra a medida no primeiro e no segundo turno de votações. Já na votação do destaque que reinseriu o voto secreto na PEC, apenas Jack, Helder e Paulo Folletto (PSB) foram contrários.
A repercussão na opinião pública foi negativa, levando a protestos, protagonizados principalmente por movimentos de esquerda, em Vitória e todas as demais capitais do país no último domingo (21).
O clima no Senado, hoje, é de rejeição à proposta. Os senadores do Espírito Santo Fabiano Contarato (PT) e Magno Malta (PL) já disseram que vão votar contra. Marcos do Val (Podemos), licenciado do mandato, não vai participar da votação.
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