Uma cerimônia realizada na tarde desta terça-feira (16) marcou oficialmente a doação, pelo governo do Estado, de um terreno de 100 mil metros quadrados à União para a implantação do Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi, em Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo.
A área, onde funcionava a antiga residência de inverno do governador, vai abrigar o novo campus do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma) e se tornar um polo de pesquisa científica, educação ambiental e turismo sustentável.
A doação está prevista na Lei nº 11.969, de autoria do deputado Fabrício Gandini (PSD), que autorizou a transferência da área à União para uso do Instituto Nacional da Mata Atlântica, garantindo segurança jurídica ao processo e encerrando um histórico de indefinições que se arrastava há décadas.
Um hotel de luxo seria construído no local, mas após audiências públicas lideradas pelo deputado, na Assembleia e em Santa Teresa, a comunidade decidiu qual seria a finalidade do terreno.
“Essa área ficou por anos envolta em impasses e perdeu tempo precioso. Hoje, o que estamos vivendo é uma vitória histórica. O terreno volta à sua vocação ambiental, para servir à ciência, à preservação da Mata Atlântica e à população. É uma conquista do nosso mandato, de Santa Teresa e das próximas gerações”, destacou Gandini.
O governador Renato Casagrande (PSB) ressaltou a importância do projeto para o Estado e para o país. “Fortalecer o Instituto Nacional da Mata Atlântica é fortalecer o legado de Augusto Ruschi e reafirmar nosso compromisso com a ciência, a preservação ambiental e o futuro. Esse é um investimento que beneficia toda a sociedade”, afirmou.
PARQUE AMBIENTAL
O Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi será implantado às margens da ES-261 e terá cerca de 85% da área preservada. O projeto conceitual, desenvolvido pelo Laboratório de Planejamento e Projetos da Ufes, prevê trilhas ecológicas, mirante para observação de aves, museu interativo, exposições imersivas, espaços para eventos culturais, áreas de convivência, praça de alimentação e áreas para piqueniques.
Segundo o diretor do Inma, Sérgio Lucena, o novo campus permitirá ampliar a atuação científica do Instituto e aproximar a população do conhecimento ambiental. “O novo espaço é fundamental para que o Inma cumpra plenamente sua missão de conhecer, preservar e contribuir para a restauração da Mata Atlântica”, afirmou.
Além disso, o Inma planeja ampliar e modernizar o Museu de Biologia Professor Mello Leitão e transferir parte de seu acervo biológico para o novo espaço, garantindo mais segurança ao patrimônio científico.
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