Não há melhor lugar para averiguar os impactos do tarifaço norte-americano em cima do Brasil do que no porto. A maior parte dos blocos e chapas produzidas no Espírito Santo saem pelo Terminal Portuário de Vila Velha, o TVV, no Porto de Vitória. Lá, de agosto, quando passou a vigorar a tarifa de 50% em cima das exportações brasileiras para os Estados Unidos, para cá, a queda é de quase 30%.
De acordo com a Log-In, empresa responsável pela operação do TVV, até agosto, na média, eram movimentados 2.250 contêineres com rochas por mês. Hoje, fica na casa dos 1,6 mil por mês. Uma queda de 28,8%. Os Estados Unidos são os maiores compradores das rochas brasileiras e o Espírito Santo abriga cerca de 80% da indústria nacional do segmento. Estamos falando de um negócio que movimentou, em 2024, só para os EUA, mais de US$ 700 milhões.
Em princípio, todos os tipos de rochas seriam tarifadas, mas, no último momento, o quartzito, que é um dos produtos mais vendidos, acabou excluído, o que deu uma boa aliviada, mas, como estamos vendo nos dados da Log-In, não resolveu. Além das negociações entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para sanar a questão, o setor de rochas, tendo o Centrorochas (entidade que representa os exportadores) à frente, tem se articulado bastante em Washington.
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