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A pedreira do Ceará que movimenta a indústria de rochas do ES

A Vermont Mineração, de Sobral, no Ceará, é responsável por extrair uma das pedras mais procuradas do mundo: o Taj Mahal. Quase metade da produção é industrializada no Espírito Santo

Vitória
Publicado em 29/10/2025 às 03h00
Pedreira de Taj Mahal da Vermont Mineração, no Ceará
Pedreira de Taj Mahal, da Vermont Mineração, no Ceará. Crédito: Divulgação/Vermont

A Vermont Mineração, fundada em 2005, em Sobral, no Ceará, é responsável por uma das pedras mais procuradas do mundo: o Taj Mahal. Trata-se de um quartzito extraído de uma jazida exclusiva na cidade de Uruoca, a quase 300 quilômetros de Fortaleza. Grande parte dos blocos retirados em Uruoca são beneficiados no Espírito Santo, que responde por algo perto de 80% da indústria brasileira de rochas. O mercado estima que somente o Taj Mahal movimentou, no Espírito Santo, de 2023 para cá, US$ 125,7 milhões (R$ 675 milhões no dólar de hoje).

O que já não era pouco melhorou ainda mais nos últimos meses, já que o quartzito é o único tipo de pedra de fora do tarifaço imposto pelos Estados Unidos em cima das exportações brasileiras. Os americanos respondem por mais de 60% das vendas do Brasil. A procura, que já era alta, foi além.  

A descoberta do quartzito, depois batizado de Taj Mahal, se deu em 2009. O produto começou a ganhar mercado entre 2011 e 2012. Em 2013, Jorge Jordão, dono da Vermont, tomou a decisão de fechar exclusividade de comercialização com nove empresas: Zucchi, Antolini, Favorita, Thor Granitos, Stoneval, Marmi Orobici, Testi do Brasil, Bruno Lucchetti e Argos. A Vermont vende somente blocos para eles e essas empresas fazem o Taj Mahal, beneficiado ou não, rodar o mundo. O modelo enxuto de comercialização fez o negócio ganhar enorme tração na última década.

"Tem a beleza, claro, o produto caiu no gosto dos clientes, mas tem também o fato de o quartzito ser resistente. É muito difícil de quebrar, portanto, não dá dor de cabeça para o cliente. Os Estados Unidos são os maiores consumidores do mundo e 60% de toda a produção de Taj Mahal vai para lá. China e Itália também têm demandado bastante. Estamos ampliando a produção para dar conta, afinal, estamos falando de uma jazida exclusiva", explicou Cássio Jefferson, diretor da Vermont.

A empresa fez um aporte de R$ 25 milhões, entre 2024 e 2025, para aumentar a capacidade de extração de Taj Mahal. Hoje, está em 4,8 mil m³ por mês. Nos próximos dois anos a previsão é colocar mais R$ 30 milhões e alcançar 7 mil m³. Mais de 40% disso tudo é beneficiado no Espírito Santo. "Estamos preparados para crescer. Confiamos que o mercado seguirá forte", disse Jefferson.

Além do Taj Mahal, a Vermont mantém mais 30 operações de mineração no Ceará, Bahia, São Paulo e Piauí. 

Pedreira de Taj Mahal da Vermont Mineração, no Ceará
Pedreira de Taj Mahal, da Vermont Mineração, no Ceará. Crédito: Divulgação/Vermont

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