Os 78 municípios do Espírito Santo investiram, em 2024, R$ 4,408 bilhões. Trata-se do maior valor da série histórica, iniciada em 1998, quando começou a ser publicado o anuário Finanças dos Municípios Capixabas, coordenado pela Aequus Consultoria. Em relação a 2023, quando foram aportados R$ 3,57 bilhões, uma expansão de 23,5% ou de quase R$ 1 bi em valores absolutos.
Mantendo a posição conquistada no final de década passada, a Serra foi a cidade que mais investiu no Espírito Santo: R$ 717,9 milhões. Vitória aparece na sequência, com R$ 558,8 milhões, seguida por Cariacica (R$ 299,3 milhões), Vila Velha (R$ 294,2 milhões) e Presidente Kennedy (R$ 267,9 milhões). A Capital, que, em 2022, ficou atrás municípios com arrecadações muito menores, casos de Vila Velha e Cariacica, ganhou ritmo de 2023 para cá e, agora, está mais perto da Serra. Importante destacar que Vitória tem a maior arrecadação entre as cidades do Estado: R$ 3,34 bilhões. A Serra arrecadou R$ 2,88 bi e Vila Velha R$ 2,2 bi.
O recorde dos investimentos se dá no mesmo ano em que a arrecadação geral dos municípios capixabas também foi histórica: R$ 25,74 bilhões. Outro dado importante: nunca os investimentos responderam por uma proporção tão relevante das despesas das cidades. No ano passado, eles abocanharam 17,1% de tudo o que foi gasto pelas 78 prefeituras.
"Trata-se de um cenário favorável. As cidades vinham de um ajuste muito forte, feito na segunda metade da década passada por causa da crise econômica de 2015 a 2017. Em 2020, com a pandemia, as despesas, que já vinham baixas, caíram ainda mais com os serviços que deixaram de ser prestados com o isolamento social, com a lei que travou os reajustes salariais e, além de tudo, houve o socorro financeiro dado pela União. As prefeituras ficaram com um bom caixa, viram a arrecadação subir com a retomada da economia, a partir já de 2021, e os resultados estamos vendo agora, com investimentos bem significativos. É uma situação bem extraordinária, que não deve ser manter por muito mais tempo, afinal, já estamos vendo as despesas chegarem nas receitas", explicou Tânia Villela, economia e editora do anuário.
Os que mais investiram (em R$):
- Serra: 717,9 milhões
- Vitória: 558,8 milhões
- Cariacica: 299,3 milhões
- Vila Velha: 294,2 milhões
- Presidente Kennedy: 267,9 milhões
- Colatina: 175,6 milhões
- Cachoeiro: 158,3 milhões
- Aracruz: 150,4 milhões
- Viana: 136,5 milhões
- São Mateus: 126 milhões
- Guarapari: 113,6 milhões
- Linhares: 88,9 milhões
- Marataízes: 85,3 milhões
- Anchieta: 51,2 milhões
- Sooretama: 42,9 milhões
- Barra de São Francisco: 40,3 milhões
- Baixo Guandu: 39,2 milhões
- Jaguaré: 36,7 milhões
- Santa Teresa: 36 milhões
- Domingos Martins: 34,9 milhões
Os que menos investiram (em R$):
- Alto Rio Novo: 4,6 milhões
- Apiacá: 7,1 milhões
- Ecoporanga: 7,9 milhões
- Ibiraçu: 8,1 milhões
- Ibitirama: 8,5 milhões
- Águia Branca: 9,6 milhões
- Governador Lindenberg: 9,7 milhões
- Itaguaçu: 9,9 milhões
- Rio Novo do Sul: 10 milhões
- Muqui: 10,1 milhões
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