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Investimento da WEG é mais um passo na verticalização da indústria do ES

Multinacional fundada em Santa Catarina opera no Espírito Santo desde o início da década passada e vai ampliar a unidade de Linhares

Vitória
Publicado em 12/08/2025 às 05h48
Fábrica da WEG em Linhares
Fábrica da WEG, em Linhares, Norte do Espírito Santo. Crédito: Divulgação/WEG

A gigante WEG, uma das maiores empresas do Brasil, que, desde o início da década passada, possui uma linha de motores elétricos em Linhares, Norte do Espírito Santo, anunciou um investimento de R$ 160 milhões na unidade capixaba para expansão de capacidade e, detalhe importante, para passar a produzir fios de alumínio por aqui. A coluna conversou com um executivo que acompanhou a tomada de decisão da companhia e explicou porque isso é importante para o Estado.

"A WEG desenvolveu um fio de alumínio com a mesma durabilidade e eficiência de um fio de cobre, que é comumente usado em motores elétricos. Só que o de alumínio, além de mais barato, é mais leve. Portanto, o que vai passar a ser feito aqui é algo com muita tecnologia embarcada, é uma evolução que vai agregar valor à produção local", explicou. "Outra questão relevante: hoje, esse fio precisa vir lá do Sul. Agora, teremos uma verticalização, com o fio sendo produzido aqui no Estado. Um aumento considerável de eficiência e, além disso, é mais um passo na ampliação da complexidade da produção industrial do Espírito Santo como um todo".

Nos últimos anos, investimentos importantes, nesse sentido, têm ajudado a mudar a realidade industrial do Estado, historicamente ligada às commodities: aço, petróleo, pelotas de minério de ferro e celulose. A Suzano vai inaugurar, ainda em 2025, uma usina de papel tissue, de R$ 650 milhões, em Aracruz, ao lado das suas fábricas de celulose. A ArcelorMittal Tubarão, antiga CST, já anunciou um projeto, de R$ 4 bi, para a construção de um Laminador de Tiras a Frio e de uma linha de galvanizados do Estado. Saindo o papel (ainda há pontos relevantes a serem resolvidos), o conglomerado terá uma linha completa de produtos siderúrgicos, e de alto valor agregado, no Espírito Santo.

Também há movimentos na agroindústria. Do final da década passada para cá, Linhares transformou-se em um dos maiores polos de café solúvel do mundo, com investimentos que, somados, ficam na casa dos R$ 2 bilhões. Gigantes como Ofi (de Singapura) e Louis Dreyfus (da França) têm operações no Norte capixaba. Todo esse pacote amplia o valor da produção capixaba, incorpora tecnologia e gera empregos de melhor remuneração.

As obras da WEG começam muito em breve e a operação terá início em 2027.

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