Ainda estamos em setembro, mas o ano de 2025 já é o melhor da história das exportações capixabas de pimenta-do-reino. Entre janeiro e agosto, foram vendidos US$ 239 milhões (quase R$ 1,3 bilhão). No ano passado inteiro, foram exportados US$ 163,1 milhões. O melhor ano da série histórica, até agora, era 2022, quando os produtores capixabas chegaram a um montante de US$ 181,9 milhões em divisas. Hoje, o Espírito Santo responde por 65% das exportações nacionais de pimenta-do-reino. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e foram compilados pela Secretaria de Estado da Agricultura.
Os bons resultados têm dois motivos fundamentais: o aumento da produção do Espírito Santo e a valorização do preço da pimenta no mercado internacional. Em 2022, para chegar a US$ 181,9 milhões, foram negociadas 51,5 mil toneladas da produção. Agora, o volume, para alcançar os US$ 239 milhões, foi de 38,8 mil toneladas. Mantida a média do ano até dezembro, 2025 será recorde no valor e também no volume.
"Há 35 ou 40 anos, ninguém imaginava que o Espírito Santo ultrapassaria o Pará na produção de pimenta-do-reino, que produzia mais de 80% da produção nacional da época. Hoje, os capixabas produzem cerca de 65% da pimenta brasileira. Em termos de produção, o Espírito Santo cresceu dez vezes em dez anos, saindo de pouco mais de 7 mil toneladas para quase 80 mil toneladas, um salto fantástico que não ocorreu em nenhuma outra região produtora do Brasil ou do mundo", comemora Enio Bergoli, secretário de Estado de Agricultura.
O próximo passo dos capixabas é agregar valor à produção. Hoje, quase tudo o que é exportado vai para países como o Vietnã, que fazem a esterilização e a industrialização da pimenta. Os grandes compradores do planeta, destacadamente os EUA, só compram depois desses processos.
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