O tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em cima das exportações brasileiras fez com que passássemos a olhar para novos mercados e possibilidades. Quando isso aconteceu, ficou claro que o Brasil precisa, para ontem, avançar nas negociações bilaterais com os mais variados países e blocos do planeta. Até com os considerados amigos. Não são poucos os casos em que o produto brasileiro paga uma tarifa maior ou muito maior que o seu concorrente. Perda de competitividade na veia.
Vamos a alguns exemplos de produtos relevantes para o agro do Espírito Santo:
Café solúvel: o Brasil paga 9% na União Europeia, 49% na Tailândia, 45% nas Filipinas, 12% na China, 14,4% no Japão e 20% na Indonésia. O Vietnã, grande concorrente nosso, paga zero em quase todos esses mercados.
Pimenta-do-Reino: o México taxa o produto brasileiro em 10%, enquanto o Vietnã tem tarifa zero. A China impõe tarifa de 20% ao Brasil, enquanto Vietnã está submetido a 5% nas operações com frete marítimo e custo ainda menor nas operações comerciais via fronteira terrestre.
Macadâmia: a China tem 12% de tarifa em cima dos produtos do Brasil, mas aplica zero para os concorrentes.
Dentro das mais diversas atitudes que vêm sendo tomadas desde o anúncio das tarifas norte-americanas, em julho, o governo do Espírito Santo pediu ajuda ao vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que está à frente das negociações brasileiras, para ter atenção com essas diferenças tarifárias por todo o mundo e mergulhar de cabeça para corrigir as distorções.
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