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Mercado imobiliário já se prepara para o novo PDM de Vitória

A revisão deve se dar até 2028, quando o plano atual completará dez anos. A expectativa é de que o processo de discussão comece a esquentar a partir do ano que vem

Vitória
Publicado em 08/09/2025 às 03h00
Fotos para o aniversário de Vitória
Vistas a partir das embarcações do Aquaviário, na Prainha de Vila Velha. Crédito: Fernando Madeira

Os empresários do mercado imobiliário estão, digamos, ansiosos para o início dos debates sobre o novo Plano Diretor Municipal (PDM) de Vitória. A revisão deve se dar até 2028, quando o plano atual completará dez anos. Mas, claro, as discussões com a sociedade precisam ser iniciadas com alguma antecedência, afinal, trata-se de algo grande e estratégico. A expectativa é de que o processo de discussão comece a esquentar a partir do ano que vem.

Os empresários reclamam do baixo aproveitamento dos terrenos permitidos em algumas regiões, como a Praia do Canto. "Capacidade construtiva baixa significa preços mais altos de metro quadrado, que é o que estamos observando nos últimos anos. Mas isso tem limite, daqui a pouco vai ficar inviável. Isso aqui não é apenas um debate em cima de índices construtivos, mas de planejamento estratégico, que deve levar em conta a parte social e a parte econômica. Diante de preços tão altos ou da inviabilidade econômica, para onde a população vai? Onde os nossos filhos ou netos irão morar", reflete um importante dirigente do setor.

Os representantes do mercado também vão buscar mais áreas de uso misto (comercial e residencial, por exemplo) nos bairros da capital. "Além de ser moderno (dentro do conceito de morar, consumir e trabalhar dentro do menor espaço urbano possível), ajuda a viabilizar economicamente os empreendimentos. Aquela área da Enseada do Suá que fica no entorno do Cais das Artes deu uma forte freada depois do PDM de 2018, que restringiu o uso comercial. É importante quebrar certos paradigmas e avançar no debate", assinalou o dirigente.

O setor produtivo também deseja alinhar a autorização de construções em áreas consolidadas a partir de decisões de órgãos como Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Comaer (Comando da Aeronáutica). "Vitória tem um aeroporto que fica dentro da cidade, por isso, qualquer construção precisa observar as definições do Comaer. A questão, principalmente depois da segunda pista, é que muitas vezes o terreno fica entre dois prédios altos e, por causa do cone de aproximação do aeroporto, você não pode construir nem na mesma altura de seus vizinhos de muro. Não é razoável. Isso para ficar apenas no exemplo do aeroporto, mas há outros, como o Iphan. Tudo isso precisa ser conversado, afinal, tudo impacta nesse metro quadrado caro de Vitória", pondera um grande empresário da área.

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