A família Tommasi, tradicional no ramo de laboratórios no Espírito Santo, segue com o pé firme no acelerador das aquisições. O grupo fundado, há 64 anos, por Henrique Tommasi acaba de fechar a compra do Labormed, com 55 unidades em 11 municípios do Rio de Janeiro, inclusive na Capital, e cerca de 600 mil exames realizados por mês. Os valores envolvidos não foram divulgados, mas o negócio foi fechado nesta segunda-feira (1º) e trata-se da maior aquisição já feita pelo Tommasi. A compra marca a 11ª transação realizada em três anos, consolidando o Tommasi como um dos principais grupos de medicina diagnóstica do Brasil.
“O foco desta aquisição é integrar a marca, capturar sinergias, diversificar produtos e consolidar nossa posição como uma das grandes empresas de medicina diagnóstica da região metropolitana do Rio de Janeiro. No início, buscamos preservar nosso market share na nossa região de origem. Mas logo percebemos o quanto de valor conseguimos gerar nas empresas adquiridas, o que nos encorajou a avançar além das fronteiras do Espírito Santo”, explica Bruno Tommasi, CEO do Grupo Tommasi.
No Rio de Janeiro, os capixabas compraram o Laboratório Morales e o VYP Medicina Diagnóstica, em Niterói, São Gonçalo e Maricá, além de unidades próprias do Tommasi na Tijuca e no Humaitá. O Labormed consolida a presença do grupo em um dos maiores mercados consumidores do país. O Tommasi também é proprietário, no Espírito Santo, das seguintes marcas: Labortel, São Marcos, PAT, Centrolab e Diagnosi (análises clínicas), Virchow (anatomia patológica) e CVP (vacinas e injetáveis).
“Esse cenário evidencia que o Brasil ainda apresenta uma ampla avenida de consolidação, com oportunidades relevantes para fusões e aquisições, expansão de escala e ganhos de eficiência”, afirma João Paulo Cavalcanti, sócio da JGP Financial Advisory, que assessora o Grupo Tommasi na sua expansão. O mercado de medicina diagnóstica no Brasil é pulverizado. Os principais grupos nacionais — Dasa, Fleury, Sabin e Alliança — têm apenas 30% do mercado. Os 70% restantes estão distribuídos entre redes regionais de médio e pequeno porte.
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