Publicado em 17 de abril de 2020 às 16:01
Incomodado com o protagonismo que Luiz Henrique Mandetta teve no início da crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu escalar militares para que a gestão da pandemia seja, a partir de agora, compartilhada.>
A ideia é que Nelson Teich, que assumiu o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (17), seja tutelado por um grupo de fardados.>
Nesta sexta-feira, militares já começaram a levar nomes para o segundo escalão de Teich.>
Ao chegar ao Palácio do Planalto, Bolsonaro teve sua primeira agenda do dia com os ministros Braga Netto, Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).>
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No encontro, eles já trataram da transição, dos nomes que vão compor a pasta a e a política que será adotada daqui para frente como combate ao coronavírus.>
Bolsonaro escalou o contra-almirante Flávio Rocha, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República, para ser uma espécie de coordenador da transição.>
Caberá a Rocha auxiliar na troca de comando da pasta num momento em que o Brasil já tem mais de 30 mil casos do novo coronavírus e ao menos 1.924 mortes, segundo dados da Saúde de quinta-feira (16).>
De acordo com aliados do presidente, Rocha será um facilitador da transição.>
Rocha fará a articulação da Saúde com os outros ministérios.>
A argumentação usada por Bolsonaro para que os militares atuem diretamente é que Teich assume o ministério em meio à crise e não tem experiência em gestão pública e no governo.>
Além disso, vêm defendendo que as ações governamentais extrapolam a Saúde e são coordenadas pela Casa Civil, comandada pelo general Walter Braga Netto.>
Uma das reclamações de Bolsonaro e de ministros do governo é que Mandetta agia como se só a Saúde tivesse um papel no combate à pandemia, sendo que outras pastas também desenvolvem ações voltadas ao enfrentamento da doença.>
Horas depois de demitir Mandetta e confirmar Teich como seu substituto, Bolsonaro afirmou na noite de quinta que o segundo escalão do ministério deve ser alterado.>
Na entrada do Palácio da Alvorada, ele disse que todos os secretários serão trocados e que ele pretende indicar pessoalmente nomes para a nova equipe da pasta, que deve passar por um período de transição.>
"Não estamos com pressa em demitir. Mas, obviamente, alguns nomes serão trocados com toda a certeza", disse. "Ele [novo ministro] logicamente vai nomear boas pessoas. Eu vou indicar algumas pessoas também. Já foram sugeridos nomes", afirmou.>
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