Publicado em 29 de maio de 2020 às 19:36
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (29) que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, é "desqualificado" e não poderia ter sido nomeado titular da pasta.>
"Um homem com essas qualidades não poderia ter sido ministro de pasta nenhuma, muito menos da Educação. É um drama para o Brasil, com toda a crise que a gente tem, com todas as desigualdades de qualificação da nossa população, a gente ainda ter um ministro desqualificado como esse", afirmou Maia, ao participar de live da revista Istoé.>
Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Weintraub disse que, se dependesse dele, colocaria "esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", em referência ao Supremo Tribunal Federal.>
A fala consta em gravação tornada pública por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo, no âmbito do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.>
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Maia comentou a fala do ministro no encontro e disse ser "lamentável" que o titular da Educação tenha esse "palavreado" e "ataque as instituições".>
"É um homem desqualificado e que não respeita a democracia. Um homem que desrespeita a democracia não poderia estar num governo que se diz democrático", acrescentou. >
O presidente da Câmara também comentou a fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que na reunião disse que aproveitaria a pandemia para aprovar uma série de mudanças em regras de sua área. >
Maia disse que Salles quis dar uma de "espertalhão" e "infeliz", mas preparado. O deputado afirmou, porém, que a imagem do ministro no exterior atrapalha a entrada de investimentos no país.>
Na live, Maia avaliou que o inquérito das fake news comandado pelo Supremo precisa avançar, assim como a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que trata do assunto no Congresso.>
"Ninguém suporta tanta informação errada, narrativas que desqualificam as pessoas", disse Maia.>
O presidente da Câmara ainda criticou as declarações de Bolsonaro, que nesta quinta-feira (28) sugeriu que poderia descumprir decisões do STF. Maia ressaltou que o meio para se discordar da corte é entrar com recurso.>
O deputado disse ainda que não foi ao Palácio do Planalto conversar com Bolsonaro como fez o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), porque não foi convidado pelo mandatário e poderia passar a impressão errada.>
"Ir ao Planalto poderia parecer ser um tipo de apoio ao que ele [Bolsonaro] falou", justificou Maia.>
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