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Freixo quer que Carlos Bolsonaro esclareça compra de aparelho espião

Freixo quer que Carlos Bolsonaro esclareça compra de aparelho espião

Pedido é para que filho do presidente preste explicações ao Congresso sobre suposta intervenção no governo federal para aquisição de sistema que monitora celulares e computadores

Publicado em 19 de maio de 2021 às 16:39

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Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro. (Divulgação/Câmara do Rio)

O líder da minoria na Câmara, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), afirmou que solicitou a convocação do filho do presidente da República e vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) para prestar esclarecimentos à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso sobre suas supostas intenções de contratar um aparelho espião pelo governo federal.

Segundo informações do portal UOL, o vereador teria interferido na licitação que trata da contratação do programa israelense Pegasus, usado para espionar celulares e computadores. Fontes afirmam que Carlos Bolsonaro pretendia integrar o dispositivo ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. A licitação é avaliada em R$ 25,4 milhões.

Freixo afirmou que também acionou o Ministério da Justiça para esclarecer as intenções do vereador, que, segundo ele, pretendia "criar uma Abin Agência Brasileira de Inteligência paralela e perseguir adversários do governo e jornalistas".

Segundo fontes ouvidas pelo UOL sob anonimaro, Carlos Bolsonaro tenta diminuir o poder dos militares na área de inteligência. Ele teria articulado com o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, para excluir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) das negociações.

Polêmico, o programa israelense Pegasus já foi usado em alguns países do mundo para espionar celulares e computadores de jornalistas, críticos de governos e ativistas. O sistema invade dispositivos sem necessidade de interação com o usuário. Segundo analistas, permitiria o monitoramento de pessoas e empresas sem decisão judicial. 

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