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Uma em cada 5 adolescentes já sofreu abuso sexual no ES, diz IBGE

Uma em cada 5 adolescentes já sofreu abuso sexual no ES, diz IBGE

Pesquisa mostra que, somando garotas e garotos, um a cada sete foram alvo de algum tipo de assédio em território capixaba

Publicado em 10 de setembro de 2021 às 12:16

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Menina sem identificação
19% das meninas são alvo de algum tipo de abuso sexual no Estado. (William Daigneault/Unsplash)

Um em cada sete adolescentes no Espírito Santo em idade escolar já sofreu algum tipo de abuso sexual ao longo da vida, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo mostra que 14,2% dos jovens de 13 a 17 anos foram alvo de algum tipo de assédio, com alguém tocando, manipulando, beijando ou expondo parte do corpo contra a vontade.

O percentual é ainda maior entre as meninas, sendo 19,1%, ou seja, uma a cada cinco garotas foram alvo desse tipo de situação criminosa no Estado capixaba.

A pesquisa ainda revelou que 5,9% dos adolescentes já fizeram sexo forçado. O percentual cresce quando olha o caso das meninas de forma isolada, 8,7% já foram estupradas no Estado.

No país, 9% das meninas já foram obrigadas a manter relação sexual contra a vontade. Dois terços dos escolares informaram já ter ingerido algum tipo de bebida alcoólica. Desse total, um em cada três o fez antes de completar 14 anos.

Na coleta dos dados, o IBGE entrevistou quase 188 mil estudantes. Eles responderam às questões em 4.361 escolas de 1.288 municípios brasileiros. Segundo o instituto, o Brasil tinha, em 2019, 11,8 milhões de estudantes de 13 a 17 anos.

Dentre os diversos temas abordados sobre saúde e comportamento, casos envolvendo algum tipo de abuso sexual chamaram a atenção.

SITUAÇÃO NO PAÍS

Segundo os números apresentados, 14,6% dos entrevistados em todo o país responderam que já foram tocados, manipulados, beijados ou passaram por situações de exposição de partes do corpo alguma vez contra a vontade. Entre as meninas, o porcentual de vítimas chegou a 20,1% dos entrevistados, e 9% dos meninos.

No conjunto de jovens que sofreram esses abusos, alguns relataram que, além dessas agressões, também foram obrigados a manter relação sexual. Esses adolescentes equivalem a 6,3% dos entrevistados. Também nesse caso, as meninas foram mais atacadas. A pesquisa mostrou que 8,8% das garotas foram vítimas dessas relações forçadas, contra 3,6% do total de garotos.

Especialistas têm apontado que o contexto da pandemia pode ter prejudicado a identificação e denúncias desses casos, uma vez que crianças e adolescentes ficaram afastados da escola, da comunidade e de redes de proteção. A redução do contato social torna mais difícil o combate a essas práticas criminosas, que podem ser enquadradas desde importunação sexual a estupro de vulnerável, com penas previstas no Código Penal.

Ao todo, 63,3% dos estudantes de 13 a 17 anos informaram ter ingerido pelo menos uma dose de bebida alcoólica. A pesquisa também apontou que 47% dos escolares afirmaram ter passado por algum episódio de embriaguez.

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O uso de drogas ilícitas foi relatado por 13% dos estudantes entrevistados. Mais de um quinto (22,6%) deles afirmou já ter fumado pelo menos um cigarro. Nos dois casos, a prevalência foi maior nas escolas da rede pública.

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