Nadyane Santana estaria grávida de dois meses quando foi morta em Guarapari
Nadyane Santana estaria grávida de dois meses quando foi morta em Guarapari. Crédito: Reprodução/Redes sociais - Montagem/A Gazeta

Morta aos 20 anos, Nadyane tinha o sonho de ser cozinheira

Nadyane Santana, definida pelo irmão como uma pessoa extrovertida e amiga de todos, foi vítima de feminicídio em Guarapari, no início de abril; ela deixa um filho de dois anos e 5 meses

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 23/04/2024 às 10h17

Extrovertida e amiga de todos, Nadyane Santana, de 20 anos, tinha o sonho de ser cozinheira, de acordo com seu irmão. A jovem, que morava em Guarapari havia dois anos, foi morta a tiros no início deste mês. Três suspeitos foram presos. Um deles seria o ex-patrão da vítima, Anderson Henrique da Silva Kifer, de 25 anos, com quem ela manteve um relacionamento e teria engravidado, segundo a Polícia Civil.

Além do bebê que estaria esperando — novos exames foram feitos para confirmar a gestação —, Nadyane tinha um filho de 2 anos e 5 meses, que agora está aos cuidados da avó materna.

Irmão de Nadyane

Preferiu não ser identificado

"Era uma pessoa maravilhosa, amiga de todos. E depois que descobriu que o filho dela é autista, grau I, começou a ser ainda mais dedicada à vida do menino. O pai já não era presente e a mãe, agora, infelizmente, também não vai ser da citação"

Nascida em Belmonte, na Bahia, Nadyane era a terceira de cinco irmãos e, há cerca de dois anos, tinha se mudado para Guarapari, onde outros familiares viviam.

“Ela não era muito de sair por causa do menino. A rotina era da casa para o trabalho, do trabalho para casa. E o sonho dela era ser cozinheira. A especialidade dela era cozinha.”

Relembre o caso

O corpo de Nadyane foi encontrado em uma área de mata no bairro Village do Sol, em Guarapari, na tarde do dia 6 de abril, e apresentava marcas de agressões.

Segundo a família, a jovem saiu de casa na noite anterior, uma sexta-feira (5), quando disse que encontraria uma amiga, mas ela parou de atender as ligações e a responder mensagens, o que deixou os parentes preocupados.

O delegado Franco Malini, da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, explicou que a corporação chegou aos suspeitos após localizar o carro utilizado no crime.

Um dos executores do crime confessou o crime, e alegou que foi contratado por Anderson, pois ele reclamava estar sendo "extorquido" pela ex-funcionária. Com a identificação do primeiro suspeito, a corporação alcançou os outros envolvidos no caso.

Os presos são:

  • C.J.S. foi preso em 16/04/2024, no bairro Muquiçaba, em Guarapari;
  • Anderson Henrique da Silva Kifer foi preso em 18/04/2024, no bairro Santa Rosa, em Guarapari;
  • T.L. foi preso em 18/04/2024, no bairro Ipiranga, em Guarapari.

Contra um dos executores, constava outro mandado de prisão preventiva por crime de homicídio, cometido em 2019, no município de Mariana, em Minas Gerais. De acordo com o delegado, ele seria mineiro, mas veio morar no Espírito Santo para fugir da polícia. Usava, inclusive, até nome falso em Guarapari, onde vivia. 

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