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O que é o Implanon, implante anticoncepcional que será oferecido no SUS

O que é o Implanon, implante anticoncepcional que será oferecido no SUS

O Implanon é um método contraceptivo de longa duração, em forma de um pequeno implante que é inserido sob a pele do braço

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Guilherme Sillva

Editor do Se Cuida / [email protected]

Publicado em 4 de julho de 2025 às 16:48

 Implanon, implante anticoncepcional
O implante anticoncepcional é inserido sob a pele do braço Crédito: Shutterstock

O Ministério da Saúde confirmou que o contraceptivo Implanon será aplicado gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS). A pasta detalhou que cerca de 1,8 milhão de dispositivos devem ser distribuídos até 2026.

Desse total, 500 mil devem ser implantados ainda em 2025. O produto no mercado custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. “Esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada. Essa decisão foi da Conitec, a pedido do Ministério da Saúde, e agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O Implanon é um método contraceptivo de longa duração, em forma de um pequeno implante. Ele libera um hormônio, o etonogestrel, que impede a ovulação e dificulta a passagem dos espermatozoides, evitando a gravidez.

"É um método contraceptivo reversível de longa duração, hormonal, composto por uma progesterona sintética, o etonogestrel. E sua função é prevenir gravidez. É um pequeno bastão flexível que é inserido no braço por um profissional de saúde", diz a ginecologista Juana Zanchetta.

A médica explica que ele libera continuamente o etonogestrel atuando basicamente de três maneiras no organismo: impedindo a ovulação, engrossando o muco cervical (que dificulta a entrada do espermatozóide) e afinando o endométrio (a camada interna do útero).

Juana Zanchetta, ginecologista
A ginecologista Juana Zanchetta explica os benefícios do implante anticoncepcional Crédito: Reprodução @Juanazanchetta

Entre os benefícios, a mulher não precisa lembrar de tomar todos os dias e dura três anos

Juana Zanchetta

Ginecologista

Também é um método com maior eficácia, com menos chance de falhar; além de ser reversível, podendo ser retirado a qualquer momento se a paciente decidir engravidar.

"Um dos principais efeitos colaterais é a irregularidade menstrual. Cerca de 1/3 das mulheres tem ausência de menstruação, 1/3 tem ciclos leves e 1/3 apresenta sangramentos imprevisíveis (escapes). Com menos frequência pode apresentar dor de cabeça, acne (ou piora da acne), dor ou sensibilidade nas mamas, alterações de humor (irritabilidade, tristeza, ansiedade) e retenção de líquido", diz  Juana Zanchetta. 

Os benefícios do uso

O medicamento é um bastão flexível com cerca de quatro centímetros de comprimento, inserido sob a pele do braço. O procedimento é realizado em consultório médico, com anestesia local e é praticamente indolor. 

A ginecologista Mariana Andreata diz que o implante libera continuamente, em doses pequenas, o hormônio etonogestrel. "Esse hormônio é liberado em doses fracionadas pelo período de três anos, de forma contínua e uniforme. É o contraceptivo mais seguro do mercado, sendo sua taxa de segurança 99,9%". 

A médica comnta que, além da praticidade e da efetividade, ele não possui estrogênio na sua composição o que o torna seguro para pacientes que tem contraindicações ao uso do estrogênio, como enxaqueca, história de alguns eventos tromboembólicos, lipedema, hipertensão arterial e tabagismo. "Ele não é indicado para pacientes com trombose ativa, doença hepática e câncer de mama", diz Mariana Andreata. 

A ginecologista Lorena Galaes, da clínica Integrative Vitória, diz que um dos melhores benefícios é contracepção segura, contínua e longa. "Não ocorre risco de esquecer o comprimido ou a injeção, não tem as variações dos injetáveis, e nem o risco de troca de anticoncepcional oral". 

Os efeitos colaterais são, basicamente, os mesmos de outros contraceptivos hormonais. "Irregularidade menstrual, dores de cabeça, a sensibilidade de mamas, alteração de humor e ganho de peso. Algumas pessoas podem ter enxaquecas, outras podem ter náuseas", diz a médica.

As contraindicações são pacientes com suspeita de trombose, o risco aumentado de trombose ou coagulação nos vasos sanguíneos. "Também não é recomendável o uso concomitante com tabagismo", finaliza  Lorena Galaes. 

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