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Rosácea: entenda o que é a doença que acomete a atriz Carol Castro

Rosácea: entenda o que é a doença que acomete a atriz Carol Castro

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada principalmente por vermelhidão e sensibilidade na região central do rosto

Publicado em 3 de julho de 2025 às 16:17

Carol Castro
Carol Castro  explicou que sofre com a rosácea, uma inflamação na pele Crédito: Reprodução @carolcastro

A atriz Carol Castro exibiu como seu rosto está sem maquiagem. Em um vídeo gravado durante um voo, a artista explicou que sofre com a rosácea, uma inflamação na pele.

Segundo ela, o rosto estava sofrendo as consequências dos altos e baixos emocionais de ter vivido a personagem Clarice na novela 'Garota do momento'. "Olha aqui, real, sem filtro. Eu tenho rosácea, minha pele é muito sensível. Eu fico assim, rosa", disse.

A dermatologista Livia Grassi explica que a rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele, relativamente mais frequente em mulheres acima dos 30 anos, com fototipo baixo e comprovada predisposição genética. "Apesar da causa ser desconhecida, possivelmente é multifatorial. As principais alterações são inflamação, vasodilatação e angiogênese (formação de novos vasos) responsáveis pelas manifestações clínicas".

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reconhece a rosácea como uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e, por isso, enfatiza a importância do diagnóstico e tratamento adequados. A rosácea ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos.

A condição é caracterizada por algumas alterações como vermelhidão facial, vasos sanguíneos visíveis, inchaços e espinhas, sensação de queimação e ardência, e até rosácea ocular. 

Livia Grassi, dermatologista
A dermatologista Livia Grassi explica quais os sintomas da rosácea Crédito: Divulgação

Os principais sintomas envolvem principalmente sensação de queimação na pele, além de ardor, ressecamento, inchaço e irritações oculares

Livia Grassi

Dermatologista

Apesar de não haver tratamento de cura, existem chances de melhora total e longos períodos de remissão. "Nos casos leves a moderados, os tratamentos tópicos têm bom nível de evidência e podem ser suficientes, como metronidazol, ácido azelaico e ivetmectina", enfatiza a dermatologista. A fotoproteção de amplo espectro, associada a hidratação e limpeza adequada são importantes e sempre associadas as medicações.

Sensibilidade na pele

A dermatologista Juliana Drumond diz que geralmente as pessoas com rosácea apresentam uma sensibilidade maior na pele, com um processo inflamatório na pele do rosto, podendo ter pápulas e pústulas. 

Os graus da doença

A rosácea pode ser classificada em quatro subtipos, em que os sintomas vão se associando:

Tipo 1 – É caracterizado pela vermelhidão persistente na face, principalmente no centro do rosto, e pelo aparecimento de pequenos vasos sanguíneos visíveis 

Tipo 2 – A pessoa apresenta além da vermelhidão, pápulas e pústulas

Tipo 3 - Se soma aos sintomas anteriores o espessamento da pele

Tipo 4 - Mais grave, pode acometer até a mucosa ocular, causando blefarites

A médica diz que os principais sintomas da rosácea incluem vermelhidão, principalmente nas áreas da bochecha e nariz, presença de pápulas e pústulas, podendo até ser confundida com acne.

"O flushing é outro sintoma, caracterizado por episódios de vermelhidão e calor na pele. Também pode haver espessamento da pele em casos mais avançados", diz Juliana Drumond. A rosácea não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento adequado.

Juliana Drumond
Juliana Drumond explica os  fatores desencadeantes e agravantes da rosácea Crédito:  Hugo Boniolo

Existem períodos de remissão e recidiva, por isso, o paciente deve evitar gatilhos que desencadeiam as crises

Juliana Drumond

Dermatologista

Existem vários fatores desencadeantes e agravantes da rosácea. Os principais são: exposição solar, calor ou frio excessivo, bebidas alcoólicas e estresse emocional.

A dermatologista ressalta que a rosácea não é um tipo de acne, mas frequentemente é confundida. "Um fator de diferenciação é a presença de comedões (cravos), comuns em quem tem acne, e que não ocorrem na rosácea. Observamos também se o paciente tem eritema, flushing e vasinhos, que são característicos da rosácea", diz Juliana Drumond. 

O tratamento deve ser individualizado e depende do grau da rosácea, mas existem  medicamentos tópicos (casos mais leves), orais (casos mais intensos) e a possibilidade de associação de laser, para fechar o vasinhos na pele, que causam o processo inflamatório da doença. 

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