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Lavagem nasal em crianças: saiba como fazer procedimento de forma segura

Lavagem nasal em crianças: saiba como fazer procedimento de forma segura

A principal finalidade é remover muco, impurezas, poluentes, alérgenos, vírus e bactérias das narinas, promovendo a limpeza mecânica das vias aéreas superiores

Publicado em 4 de julho de 2025 às 09:00

Lavagem nasal
A lavagem nasal pode  ser feita com seringas, dispositivos de alto fluxo ou com jato contínuo Crédito: Shutterstock/ sirikuan07

A lavagem nasal é um excelente método de prevenção de gripes, resfriados e sinusites. É indicada, ainda, para aliviar os sintomas dessas doenças e de acordo com recomendações médicas, deve ser realizada com soro fisiológico, desde a pequena infância.

No entanto, muitas mães e pais ficam em dúvida de como e quando fazer a lavagem nasal nos filhos. As crianças, nem sempre, colaboram para que o procedimento seja feito de forma adequada.

Segundo a pediatra e neonatologista, Sara Vailant, a lavagem nasal ou irrigação nasal é uma técnica que consiste na introdução de solução salina (geralmente soro fisiológico 0,9%) nas cavidades nasais com o objetivo de higienizar e desobstruir as vias aéreas superiores. Pode ser feita com seringas, dispositivos de alto fluxo (garrafinhas apropriadas) ou com jato contínuo.

A principal finalidade é remover muco, impurezas, poluentes, alérgenos, vírus e bactérias das narinas, promovendo a limpeza mecânica das vias aéreas superiores. Isso melhora a respiração, previne infecções e reduz sintomas de congestão nasal, rinite e sinusite.

A especialista da Rede Meridional revela que a lavagem nasal é segura e benéfica para crianças de todas as idades, inclusive bebês, desde que realizada corretamente. “Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o procedimento reduz significativamente o risco de complicações respiratórias e diminui a necessidade do uso de descongestionantes e antibióticos. A técnica deve ser feita com orientação profissional, respeitando o volume e a forma adequados para cada faixa etária”, enfatizou.

A irrigação nasal é indicada em diversas situações, como: rinites alérgicas, resfriados e gripes, sinusites, obstrução nasal por muco, pós-operatórios de cirurgias nasais e ambientes com ar seco ou poluído. E pode ser feita, ainda, como forma preventiva, especialmente em crianças que frequentam creches ou escolas, onde há maior exposição a vírus respiratórios.

Sara explica que as principais indicações clínicas da lavagem nasal, de acordo com a SBP e a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, são o alívio da congestão nasal, a prevenção de infecções respiratórias, o complemento ao tratamento de rinites e sinusites, além da melhora da eficácia de medicamentos nasais (como corticosteroides tópicos).

A pediatra adverte que a frequência para realizar a lavagem depende da condição clínica da criança. Como uso preventivo, pode ser feita de uma a duas vezes ao dia, durante infecções respiratórias ou rinite, de três a quatro vezes ao dia.

Sara Vailant, pediatra
A pediatra Sara Vailant explica os benefícios da lavagem nasal Crédito: Divulgação

O excesso de lavagens pode irritar a mucosa nasal, por isso a técnica deve ser realizada com orientação médica

Sara Vailant

Pediatra

Sara diz que dispositivos como o Nasoar, que realizam irrigação de alto fluxo com pressão controlada, podem aumentar a eficácia da lavagem nasal, especialmente em casos de muco espesso ou obstrução mais intensa. “Embora não substituam por completo o uso de medicamentos, geralmente, esses dispositivos ajudam a reduzir a necessidade de descongestionantes, anti-histamínicos e antibióticos. Mas, cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional de saúde”, concluiu.

Saiba como fazer

De acordo com a pediatra Patrícia Saraiva, do Vitória Apart Hospital, o procedimento é seguro e indicado tanto para crianças quanto para adultos, promovendo alívio da congestão e melhorando a qualidade da respiração.

A médica explica que crianças, por possuírem vias aéreas mais estreitas, tendem a acumular secreções com maior facilidade, especialmente em períodos de maior incidência de doenças respiratórias. “A lavagem nasal remove o muco, alérgenos, poeira e crostas que podem obstruir ou irritar o nariz, além de manter as mucosas hidratadas”, afirma.

Entre as principais indicações, estão casos de rinite alérgica, sinusites, resfriados, congestão nasal e até situações pós-operatórias nasais. No entanto, o procedimento deve ser evitado em casos de dificuldade para engolir, malformações como fenda palatina ou suspeita de fraturas de face.

A lavagem nasal deve ser realizada com a pessoa acordada, utilizando solução fisiológica em temperatura ambiente ou levemente aquecida. “É importante inclinar o corpo da criança para frente e a cabeça para o lado oposto à narina que será irrigada, mantendo a boca aberta para evitar engasgos. O processo deve ser feito com dispositivos apropriados, como seringas ou sprays de baixa pressão, e interrompido imediatamente caso haja desconforto”, explica a pediatra.

Quanto à frequência, pode ser diária ou conforme orientação médica, já que cada paciente pode apresentar necessidades específicas.

Além de aliviar sintomas, a lavagem nasal pode reduzir a necessidade de medicamentos e prevenir complicações como a atelectasia, resultado do acúmulo de secreções. “A orientação médica é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do procedimento”, reforça Patrícia, recomendando que pais e responsáveis sempre consultem um pediatra antes de iniciar a prática com crianças.

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