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Uma em cada quatro pessoas de sua convivência vai ter um AVC

Uma em cada quatro pessoas de sua convivência vai ter um AVC

Os dados são da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Qualquer alteração neurológica de início súbito deve ser levada em consideração quanto à possibilidade de derrame

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 18:23

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Dor de cabeça
Os sintomas mais comuns são tontura ou alteração no andar e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. (Freepik)

A informação é alarmante. Dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) mostram que uma em cada quatro pessoas de sua convivência vai ter um acidente vascular cerebral. O AVC é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada no cérebro. “A cada seis segundos alguém sofre um AVC no mundo. No mundo são 80 milhões de sobreviventes, população maior que a da França. E 80% dos AVCS poderiam ser evitáveis com medidas simples, como dieta balanceada, controle da hipertensão arterial e atividade física”, explica o neurologista Igor Pagiola.

O médico conta que os principais fatores de risco estão relacionados à má qualidade de vida, como sedentarismo, obesidade e sobrepeso, má alimentação, tabagismo e consumo de álcool. "A hipertensão arterial, o colesterol alto e o diabetes são fatores de risco importantes, por isso é importante serem acompanhados regularmente", diz.

SINAIS DE AVISO

O médico aproveita o Dia Mundial Contra o AVC, comemorado neste dia 29 de outubro, para alertar a população sobre como identificar se a pessoa está tendo um AVC e como proceder. “Se alguém não consegue sorrir, dar um abraço ou emitir uma mensagem, não se deve esperar melhorar os sintomas! É importante ligar o mais rápido possível para a urgência no número 192”, orienta o Pagiola.

O neurologista Fábio Fieni, do São Bernardo Apart Hospital, conta que qualquer alteração neurológica de início súbito ou abrupto deve ser levada em consideração quanto à possibilidade de derrame. "Os sinais e sintomas mais comuns são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, dificuldades de fala ou de compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente", lista.

TRATAMENTO

Todo AVC é uma emergência médica, por isso é importante agir rápido. A partir do início dos sintomas, o tempo para tratá-lo é limitado. No hospital, a equipe médica avaliará as características e o tipo de AVC para decidir qual a melhor forma de tratamento. "A trombólise (tratamento de dissolução do coágulo) é uma importante opção para alguns pacientes e depende criticamente do tempo de espera para o tratamento. Ele pode ser dado até 4h30 após o início do AVC, mas quanto mais precoce o tratamento é administrado, melhor é o seu efeito. Outra forma de terapia é chamada trombectomia (tratamento por cateterismo cerebral) e pode desobstruir a circulação nos casos de AVC até 8 horas do início dos sintomas e, em casos especiais, até 24 horas do início", explica Fábio Fieni.

O acidente vascular cerebral pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. "Porém é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade", conta Igor Pagiola.

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