Publicado em 1 de julho de 2020 às 08:00
O momento é de quarentena e muita gente tem evitado sair de casa, como forma de se precaver contra o coronavírus. Mas não é pelo fato de as pessoas não estarem tomando sol que os cuidados para prevenir o câncer de pele devem ser descartados. Muito pelo contrário. >
A luz azul, que é aquela que está presente em lâmpadas e telas de TVs, smartphones, computadores e tablets, embora pareça inofensiva perto dos raios UVA e UVB, acelera o envelhecimento da pele e causa rugas e manchas.>
A radio-oncologista Lorraine Juri, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que as luzes produzidas por computadores e celulares não emitem radiação ultravioleta suficientes para provocarem câncer de pele, mas são responsáveis por uma radiação que pode piorar doenças de pigmentação da pele como o melasma, além de contribuir com o envelhecimento. >
Lorraine Juri
Radio-oncologista"É fundamental usar filtro solar mesmo em dias de home office. Importante ressaltar que nem todo protetor comum é capaz de barrar a luz visível. A maioria deles é desenvolvido para barrar raios ultravioletas. Para fontes artificiais, o ideal é usar protetores com cor, pois o pigmento presente nesses produtos bloqueia melhor os raios emitidos pelos aparelhos", afirma a especialista.>
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De acordo com Lorraine Juri, caso seja necessário sair de casa e se expor ao sol, é importante lavar bem o rosto, hidratar a pele e passar protetor solar antes de colocar a máscara facial de proteção contra a Covid-19.>
A médica chama a atenção para alguns sinais a que as pessoas devem estar atentas e que podem indicar câncer de pele.>
Manchas que coçam, descamam ou sangram, feridas que não cicatrizam em quatro semanas ou pintas que têm bordas irregulares ou mudam de tamanho, forma ou cor devem ser observadas. O ideal é consultar logo um especialista quando perceber algo diferente no corpo, afirma Lorraine Juri.>
A especialista destaca a radioterapia como uma das opções de tratamento de tumores de pele com boas perspectivas de cura.>
É uma excelente opção de tratamento. Os tipos mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular. Mas lembrando que a radioterapia também pode ser usada para tratamento de tumores mais agressivos da pele, como melanoma e tumores de células de Merkel. A radiação pode ser usada de forma exclusiva, concomitante a outro tratamento ou posterior a uma cirurgia. O tipo de radiação varia de acordo com o tipo de câncer, afirma a médica.>
O câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil, representando mais de 90% dos casos de tumores registrados. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020-2022 cerca de 177 mil pessoas serão diagnosticadas com a neoplasia.>
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