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Dezembro Laranja: entenda o movimento de conscientização contra o câncer de pele

Dezembro Laranja: entenda o movimento de conscientização contra o câncer de pele

A campanha, que acontece ao longo do mês, enfatiza, em seu sétimo ano, que câncer de pele é coisa séria e que a  conscientização deve começar na infância

Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 06:02

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Criança com pele descasmando
Os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. (Shutterstock)

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes neste ano. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país. Por isso, há sete anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza o Dezembro Laranja e convoca a população a apoiar a causa. Este ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância.

E para movimento as pessoas e colorir o Brasil e o mundo de laranja, a campanha deste ano tem como embaixadores os irmãos e influenciadores digitais Maria Clara e JP, líderes de audiência no YouTube infantil do Brasil. Com 23 milhões de inscritos no canal, a dupla embarcou na campanha do #CancerdePele junto com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para convidar toda a criançada, os adolescentes e os adultos a conscientizarem suas famílias, amigos e seguidores das redes sociais sobre os riscos da doença, como preveni-la, fatores de risco e tratamentos disponíveis.

O diagnóstico precoce pode permitir o tratamento de forma eficaz e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente. Com slogans como “Câncer de pele é coisa séria!”, “Um pequeno sinal pode ser câncer de pele!”, “Uma ferida pode ser câncer de pele!” e “Uma mancha pode ser câncer de pele!”, a SBD ajudará a chamar a atenção para a gravidade da doença, que pode acometer qualquer região do corpo, inclusive a palma das mãos, planta dos pés, unhas, genitais e couro cabeludo.

“Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura”, afirma o médico dermatologista Sérgio Palma, presidente da SBD.

A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

Como prevenir o câncer de pele

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Sempre observe o surgimento de novas manchas ou lesões e, ainda, mudanças em manchas já existentes

Irene Baldi
Médica dermatologista
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Conversar com filhos, sobrinhos, netos, crianças e adolescentes sobre medidas para evitar exposição solar desprotegida e prevenir as queimaduras solares na infância é essencial para a prevenção da doença no futuro. “É na infância que os conceitos da vida são fixados. Ensine-os a se prevenir dos danos solares desde cedo e, quando adultos, manterão os mesmos hábitos, evitando um possível surgimento da doença”, enfatiza Sérgio.

Atualmente, o carcinoma basocelular (CBC) é o mais comum de aparecer e tem origem nas células da camada basal da epiderme, ou seja, na camada mais profunda ainda tem o carcinoma espinocelular (CEC) que pode desenvolver, em toda a pele, mucosas e semimucosas – que acometem os lábios – e o melanoma, considerado o mais grave e agressivo, que pode aparecer a partir de células que produzem o pigmento da pele, e se assemelhar a pintas.

A dermatologista Irene Baldi afirma que o diagnóstico definitivo do câncer de pele é por meio da biópsia, mas para um diagnóstico precoce da doença, é preciso ficar atento às alterações na pele. “Sempre observe o surgimento de novas manchas ou lesões e, ainda, mudanças em manchas já existentes”, afirma a médica.

“Ao perceber qualquer alteração, consulte um dermatologista para se informar melhor e iniciar uma investigação. E se você tiver alguém na família que já tenha desenvolvido câncer de pele, a atenção merece ser redobrada”, acrescenta Irene.

A médica dermatologista Irene Baldi destaca para a importância de redobrar a atenção quando há casos na família. (Criar Comunicação/Divulgação)

Como participar da campanha

A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) terá as hashtags #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele e #CampanhaCancerdePele2020. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo.

Assim como nos anos anteriores, diferentes personalidades participarão do movimento vestindo a cor laranja. Além disso, prédios e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces.

Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele mais comuns:

Entenda as principais características dos tipos mais comuns de câncer de pele de acordo com informações da SBD:

  • 01

    Carcinoma basocelular

    É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.

  • 02

    Carcinoma espinocelular

    É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.

  • 03

    Câncer de pele melanoma

    Apesar de corresponder apenas a cerca de 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – quando o tumor passa para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido por pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

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