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Consultas mais espaçadas para evitar contaminação pelo coronavírus

Consultas mais espaçadas para evitar contaminação pelo coronavírus

O atendimento em consultórios e clínicas está sendo realizado com mais rigor, cuidado e com normas de higiene redobradas, como o uso de dispenser com álcool em gel acionado pelos pés, máscaras e produtos descartáveis

Publicado em 10 de junho de 2020 às 17:41

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Além de aumentar o intervalo entre as consultas, médicos adotaram o uso de álcool em gel para pacientes e funcionários
Além de aumentar o intervalo entre as consultas, médicos adotaram o uso de álcool em gel para pacientes e funcionários. (Freepik)

Com a pandemia do coronavírus muitos consultórios médicos e clínicas de saúde e beleza ficaram sem atender por um bom período, mas o fato é que esses serviços estão de volta. As pessoas devem voltar a cuidar da saúde e manter suas consultas de rotina, mas seguindo as recomendações dos órgãos de saúde para evitar o contágio pela covid-19.

O cirurgião plástico Adriano Batistuta conta que os atendimentos estão sendo realizados de maneira altamente responsável e com consultas espaçadas, para evitar que um paciente se encontre com o outro. Além da higienização frequente de todo o ambiente. “Já na marcação da consulta solicitamos que o paciente venha de máscara e, se possível, desacompanhado. A minha equipe utiliza os mais modernos equipamentos de proteção individual. Preservar a saúde do quadro de funcionários e dos nossos pacientes é fundamental nesse momento. Ainda mais no meu tipo de trabalho, que tiramos pontos, realizamos curativos. É muito importante ter todo o cuidado possível”, disse ele.

De acordo com a gestora do Hospital de Olhos de Vitória, Ellen Emery Machado, o local adotou várias medidas de segurança. “Ao realizar a marcação da consulta, o paciente já recebe orientações para chegar apenas 5 minutos antes da consulta para evitar acúmulo de pessoas na sala de espera. Estamos respeitando a distância entre as pessoas e isolamos algumas cadeiras para manter o distanciamento. “Retiramos revistas e jornais das salas de espera, assim é menos um objeto de contato coletivo disponível, e solicitamos que todos os pacientes realizem a higiene das mãos antes e após a consulta com o médico, assim ambos ficam mais preservados”, complementou.

Álcool em gel

Em sua clínica, a dermatologista Karina Mazzini orienta os pacientes para que façam a higienização das mãos e o uso de máscara. “No dia da consulta ele encontra um ambiente que privilegia o atendimento individualizado já na recepção do consultório. Os horários são mais espaçados para ter menos pacientes na recepção”. A médica explica ainda que optou por colocar na entrada um dispenser com álcool em gel acionado pelos pés. “O paciente entra, recebe uma touca e uma proteção para os sapatos. A sala de atendimento é totalmente higienizada com álcool e tudo descartável é trocado”, ressalta. Todos os funcionários de atendimento direto utilizam máscaras e face shield, aquela de acrílico.

O farmacêutico esteta César de Alencar explicou que os atendimentos estão sendo realizados com intervalos maiores de tempo para que nenhum paciente se encontre com outro. “A sala é higienizada e a mobília esterilizada a cada saída de cliente com álcool 70%. Estou priorizando os materiais descartáveis de uso único para cada cliente. Ao entrar na sala, o paciente é convidado a lavar as mãos e em seguida passar álcool em gel”, disse.

Intervalo de 1h30 

A cirurgiã vascular e angiologista Moriane Lorenzoni tem realizado os procedimentos possíveis em seu consultório. Tudo é feito de forma a proporcionar toda segurança possível para pacientes e a equipe que atua no local. "Vamos evitar cirurgias eletivas nesse período e idas aos hospitais. É provável que só retornaremos com as intervenções cirúrgicas com o fim da pandemia", estima.

No dia a dia, a médica tem realizado consultas mais espaçadas em seu consultório, evitando juntar pessoas na sala de espera. “Estamos dando um intervalo, de uma hora e meia, disponibilizamos álcool em gel para todos, exigimos o uso da máscara e solicitamos que os pacientes, se possível, não levem acompanhante. Também optamos por atender os casos mais urgentes. Os demais fazemos um atendimento por telemedicina e avaliamos caso a caso, inclusive os tratamentos estéticos, que já estavam em andamento antes do início da pandemia”, explica.

O cirurgião plástico Fabricio Regiani passou a adotar agendamentos mais espaçados com maior tempo de intervalo entre uma consulta e outra para realizar toda higienização do local; reagendamento de pacientes com sintomas gripais; entrega de máscaras para os pacientes que chegam sem, disponibilização de álcool em gel e utilização de itens descartáveis, como copos.

O médico estuda implantar, em breve, um protocolo de barreiras sanitárias com a medição de temperatura sem contato com o paciente, ao chegar na clínica. As cirurgias maiores seguem suspensas, mas há uma expectativa para um retorno em junho. “Estamos mais focados em atendimentos para procedimentos não cirúrgicos. É o caso, por exemplo, de uma pessoa com uma gordura indesejada, que pode ser utilizado o CoolSculpting. Este sistema não utiliza agulhas, faixas, cintas e drenagens. Além disso, é possível ter uma redução de até 20% a 30% na camada de gordura em uma única sessão”, explica.

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