Publicado em 28 de novembro de 2020 às 06:00
Num primeiro momento o nome é estranho: telangiectasia. Mas, o problema, você provavelmente deve conhecer: vasinhos que algumas pessoas têm no rosto e no colo. Eles aparecem como pequenas veias finas e que geralmente se manifestam nas laterais do nariz, nos lábios, nas bochechas, no pescoço e no colo. O problema é basicamente estético, mas incomodo muito e não é tão simples de resolver. "São veias finas que aparecem abaixo da epiderme, sendo mais comum no rosto, e que são chamadas de telangiectasias. E elas podem aparecer em partes do corpo", explica a dermatologista Karina Mazzini.
A dermatologista Sandra Federici conta que todos nós temos vasos no rosto, porém algumas pessoas possuem uma trama vascular mais visível, que se chama telangiectasia. Entre as principais causas do aparecimento desses vasinhos estão os fatores genéticos e ambientais, como a exposição solar, principalmente, em pessoas de pele branca. Além dos medicamentos orais, como anticoagulante e anti-inflamatórios. "Alguns produtos quando usados de maneira equivocada também podem causar esses vasos, como corticoide", cita Sandra.
O uso indiscriminado de produtos agressivos à pele, como ácidos, podem levar a um processo inflamatório indesejado e a piora desses vasinhos. Por isso, é importante consultar um dermatologista. Karina Mazzini explica que, por serem finos, não é possível tratar com medicamentos tópicos. "As tecnologias são o tratamento mais eficaz, principalmente o ND Yag 1064 e a luz pulsada. As sessões variam de acordo com a quantidade de vasos, em torno de duas a quatro sessões, para melhorar, mas é preciso tratar sempre", explica Karina.
Sandra concorda sobre o tratamento, e explica que a tecnologia vai atingir bem os vasos mais espessos, porém os muito fininhos são difíceis de serem tratados, pois têm pouco alvo para atrair a luz dos aparelhos. "O tratamento indicado é a luz intensa pulsada e o laser de 1064 nanômetros de pulso longo. O número de sessões depende da cor da pele do paciente, calibre e localização do vaso".
O tratamento é contínuo. "É possível diminuir a quantidade de vasos temporariamente, porém como existe uma tendência genética pode haver revascularização. O paciente deve fazer manutenção conforme a orientação médica", ressalta Sandra Federici.
Já as veias dilatadas podem aparecer abaixo dos olhos, dando a impressão de olheira. A dermatologista Karina Mazzini explica que esses vasos não são as telangiectasias. "São outros vasos que causam olheira. Neste caso o tratamento é feito com as tecnologias indicadas para olheira".
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