Repórter / [email protected]
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 18:31
A escassez de chuva e a estiagem dos últimos meses têm preocupado os habitantes, sobretudo ribeirinhos e produtores rurais, de Linhares, no Norte do Espírito Santo. Isso porque o Rio Doce importante para a economia e abastecimento da cidade, se encontra em estado de alerta por causa da seca. >
Atualmente, a estiagem já forma bancos de areia em toda a extensão do rio. Esse areal no meio do curso d'água consiste no acúmulo de sedimentos (areia e cascalho) depositados no leito, formando um obstáculo para o escoamento e a navegação. As imagens são impressionantes. Veja vídeo:>
Por causa do baixo nível de água, a Defesa Civil de Linhares passou a monitorar a situação. De acordo com o coordenador Paulo Roberto Rodrigues, o nível do rio marcava aproximadamente 50 centímetros no dia 12 de agosto. "Na semana anterior estava com 37 centímetros. Era bem mais crítico ainda", acrescenta. >
Segundo Paulo, um dos principais afetados pela seca do Rio Doce são os ribeirinhos, que precisam, diariamente, atravessar o manancial para ter acesso a serviços básicos na cidade, como saúde e educação. "Eles todos os dias navegam por esse rio para ir até a cidade e comprar mantimentos, remédios, ir à escola. Se o nível abaixar mais do que isso, vai ser impossível navegar e, com isso, eles vão ficar sem acesso a esses serviços", explicou.>
>
LEIA TAMBÉM
O coordenador da Defesa Civil do município afirma que Linhares tem feito a sua parte. Prova disso são as inúmeras áreas preservadas ao longo do manancial. No entanto, é preciso que as demais cidades pode onde passa o rio preservem as suas margens. "Se todos os municípios fizessem a sua parte, se praticassem o reflorestamento, teríamos nascentes e o rio não estaria como está", avalia.>
Apesar da escassez, o secretário estadual de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, garantiu que, no momento, não há risco de desabastecimento no Espírito Santo. "Estamos em estado de atenção, que quer dizer que a vazão dos rios está um pouco menor do que deveria estar, mas ainda não há risco de desabastecimento", afirmou. >
O secretário acrescentou que a região Norte capixaba é onde, em geral, a vazão dos rios está menor. No Rio Doce, por exemplo, a vazão está em 210 mil litros por segundo. "Isso é um novo 'normal' que estamos percebendo nos últimos dez anos por causa das mudanças climáticas. O Norte do Estado, por ser mais seco, acaba sofrendo um pouco mais", finalizou. >
Seca reduz volume de água e forma "ilhas" de areia no Rio Doce em Linhares
Por causa da falta de chuvas e estiagem nos últimos meses, o governo do Espírito Santo definiu uma série de regras para a população e o setor produtivo passarem a fazer racionamento de água. O "estado de atenção" para a situação hídrica foi publicado no dia 16 de julho e foi declarado devido às baixas vazões nos principais rios e cursos d'água que cortam o Estado.>
A resolução apresenta recomendações para o uso racional da água, direcionadas tanto à população em geral quanto a setores específicos, como agricultura e indústria. Entre as medidas propostas estão a redução do consumo, a reutilização da água sempre que possível e a manutenção de equipamentos e instalações para evitar desperdícios.>
O diretor-presidente da Agerh, Fabio Ahnert, explica que a participação e o envolvimento de todos são essenciais para minimizar os impactos da estiagem e garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos no Espírito Santo. >
“A resolução de atenção tem como objetivo alertar e incentivar a população, instituições e agricultura a realizarem o uso racional da água. A Agerh e as instituições do Sistema Alerta ES continuarão monitorando a situação hidrológica e poderemos adotar novas medidas, caso o cenário hídrico tenha alterações”, afirma.>
Com informações da repórter Viviane Maciel, da TV Gazeta>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta