Publicado em 2 de junho de 2020 às 07:31
A República Democrática do Congo anunciou nesta segunda-feira (1º), um novo surto de ebola - simultaneamente à pandemia do novo coronavírus, que infectou 3,1 mil pessoas e matou 71 no país. Este é o 11.º surto de ebola no Congo desde que o vírus foi descoberto em 1976; somente de 2017 para cá, o país já sofreu três surtos. >
A região afetada é a cidade de Mbandaka, na província de Équateur, no noroeste do Congo, informou o ministro da Saúde Eteni Longondo. Trata-se de um centro comercial de 1,5 milhão de pessoas próximo ao rio Congo, com transporte regular para a capital Kinshasa, cujos habitantes chegam aos 10 milhões.>
As autoridades congolesas identificaram seis pessoas contaminadas na província, das quais quatro morreram no dia 18 de maio em decorrência do ebola. A região já foi afetada pela doença em 2018. >
"O novo surto de ebola representa um desafio, mas estamos prontos para enfrentá-lo", escreveu no Twitter a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti, afirmando que tem trabalhado com as autoridades do Congo ao longo dos anos para fortalecer a capacidade de resposta aos surtos. >
>
O vírus da ebola causa febre hemorrágica, vômito e diarreia e é transmitido por meio de fluídos corporais de pessoas e animais contaminados. A taxa de mortalidade é de 90%. Os primeiros sintomas são febre repentina e alta, fraqueza intensa, dor muscular e dor de cabeça e de garganta.>
Para declarar que o país não está mais com o surto da doença, é necessário que se transcorram 42 dias sem o registro de nenhum novo caso. O último paciente com ebola havia recebido alta em 14 de maio em Beni, cidade que foi um dos epicentros da epidemia declarada em agosto de 2018. >
No total, 3,4 mil pessoas foram infectadas e 2,2 mil morreram no Congo em decorrência da última epidemia da doença até o dia 21 de maio, segundo dados da OMS. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta