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O que é proibido alterar no carro

O que é proibido alterar no carro

Instalações que requerem modificações, cortes e remendos em chicotes, como alarme e corta corrente, são os erros mais comuns

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 14:54

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Sinal de trânsito: limites. (Freepik)

Instalações de som, luzes de LED e escolha de pneus diferentes para o carro. Essas e outras mudanças no veículo exigem bastante cautela antes de serem efetuadas. Afinal de contas, é importante considerar quais são as permissões da garantia da concessionária e do seguro do veículo. Além disso, vale ficar de olho na legislação de trânsito vigente. Tudo isso evita contratempos nas vias, pontos na carteira e multas.

Diversas alterações podem comprometer a garantia contratual do veículo, indica Antônio José Esteves Amorim, gerente de pós-venda da Prime Hyundai. “Se não for a perda total dela, pode ser parcial, envolvendo apenas o sistema que foi alterado. Instalações que requerem modificações, cortes e remendos em chicotes, como os alarmes e o corta corrente são os erros mais comuns”, aponta.

Sobre as modificações autorizadas pelas concessionárias, basicamente as estéticas estão enquadradas no panorama, desde que não mudem o sistema original. “É o caso da instalação de outro aparelho de som, sem a necessidade de intervenção nos chicotes e conectores”, comenta Antônio. O especialista aponta que não é prudente transformar as características originais do veículo.

“Todo o projeto [do carro] foi elaborado, dimensionado e executado levando em conta cálculos e fatores extremamente complexos. Há uma certa inconformidade e até mesmo preconceito de alguns reparadores em relação aos engenheiros de fábrica. Alguns acreditam, de forma demasiadamente otimista, que os próprios conhecimentos práticos e empíricos são mais importantes que os conhecimentos técnicos e científicos dos engenheiros e projetistas”, acrescenta Antônio.

SITUAÇÕES COMUNS

De acordo com Cleber Bongestab, gerente de veículos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/ES), qualquer tipo de ajuste que comprometa a segurança pode gerar multas e, até mesmo, a apreensão do veículo. 

Aspas de citação

Algumas mudanças exigem a necessidade de autorização do Detran. Determinados casos passam, inclusive, por inspeção veicular. É comum vermos, por exemplo, as pessoas circularem com o kit gás sem autorização registrada no documento. É uma infração grave

Cleber Bongestab
Gerente de veículos do Detran/ES
Aspas de citação

A troca da cor do carro é outro caso que requer o consentimento do órgão. O porta-voz aponta que o rebaixamento indevido na suspensão dos veículos é outra situação corriqueira.

“A altura mínima do veículo em relação ao solo é de 10 cm. Os donos dos carros costumam mexer no conjunto de rodas, incluindo os aros e os pneus. Dessa forma, são autuados duas vezes e cometem infrações graves, conforme os códigos 6610 e 6629, do artigo 230, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além de terem o documento recolhido, os motoristas precisam pagar R$ 195,23, referentes a cada multa”, destaca Cleber.

REBAIXAMENTO

O veículo pode ser removido se o rebaixamento for feito de forma caseira, ao arrancar o amortecedor, pois compromete a segurança das pessoas. Em relação ao serviço das concessionárias, os casos de veículos rebaixados têm a garantia de suspensão e de direção canceladas. “Há uma sobrecarga indevida nesses sistemas”, comenta Antônio José.

A instalação de farol xênon é outra atitude que pode gerar problemas. De acordo com o Detran, nenhuma alteração que não seja de fábrica é permitida. “Não importa a intensidade da luz. O xênon perturba os condutores. Anteriormente, esse erro era uma moda nos veículos. Hoje, ocorre com menos frequência”, indica Cleber Bongestab.

Sobre a instalação das luzes de LED, os especialistas não recomendam, ao alegarem que elas podem interferir no monitoramento das centrais eletrônicas.

Os tipos de insulfilm podem desencadear dúvidas na hora de selecionar. A legislação indica que a transparência deve ser de, no mínimo, 75% nos vidros dianteiros, se forem incolores. Se forem coloridos, é preciso respeitar o mínimo de 70%. Nos demais vidros, o mínimo são 28%. “O problema com o insulfilm é antigo, principalmente com a inclusão do G5, que é mais escuro. Outro deslize é colocar o vidro com degradê com a parte de cima refletiva”, finaliza Cleber. l

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