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Publicado em 24 de outubro de 2025 às 20:42
Uma história que começou em 2007, um hiato nas atividades entre 2019 e 2023 e agora em um momento de ascensão. Essa é a trajetória do Vitória Rugby, clube capixaba, que entra em campo pela semifinal do Campeonato Mineiro, neste sábado (24), às 11h, para enfrentar o BH Rugby, no Campo do Alvorada, em São José da Lapa (MG). >
Sim. É isso mesmo que você leu. Um time capixaba disputando uma competição de Minas Gerais. E a reportagem de A Gazeta acompanhou de perto uma noite de treinamento do Vitória Rugby para entender essa história. Técnico e jogador do time, Kleverson Alencastre explicou que convite surgiu após o bom desempenho da equipe na Taça Atlântico Leste. >
“Com duas vitórias e uma derrota na segunda edição da Taça Atlântico Leste, estamos na disputa pelo título. E graças a esse bom desempenho e ao intercâmbio proporcionado pela competição, o Vitória recebeu um convite para participar do Campeonato Mineiro. Essa participação é uma oportunidade estratégica para buscar acesso a torneios nacionais, já que a Confederação Brasileira de Rugby exige participação em estaduais”, contou o técnico. >
E quis o destino que a partida já decisiva no Campeonato Mineiro fosse contra um velho conhecido. Em 2009, o time capixaba encarou o BH Rugby na primeira vez que recebeu um rival na Pedra da Cebola, e agora 14 anos depois eles se reencontram em um jogo decisivo, considerado pelo elenco capixaba o mais importante da temporada até aqui. >
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Em sua história, o time capixaba acumula o vice-campeonato da Série B do Campeonato Carioca em 2013, a participação na Copa Rio de Rugby XV por dois anos consecutivos e a vitória no Campeonato Capixaba de 2013, ano de ouro para o rugby local com três equipes organizadas. A equipe voltou a competir em 2024, conquistando o vice-campeonato da Taça Atlântico Leste, e agora se permite sonhar com voos maiores.>
Fundado em 2007 por um grupo de entusiastas conectados pela antiga rede social ‘Orkut’, o clube Vitória Rugby possui uma história rica e diversa. O clube nasceu do esforço coletivo de pessoas com passagens por Argentina, Chile, Espanha e Rio de Janeiro. Com o objetivo de crescer e praticar o esporte.>
Sob a orientação do ex-jogador chileno e primeiro treinador da história do clube, Manuel Schiaffino ‘Manolo”, os treinos começaram ocorrendo na Praia de Camburi, em Vitória. Porém, devido à falta de campos adequados, no fim de 2007 o Parque Municipal da Pedra da Cebola se tornou a casa da equipe.>
Segundo o técnico e jogador Kleverson Alencastre "Kleston" desde o início, o objetivo do Vitória Rugby foi formar um grupo de amigos para praticar o rugby. ‘Com o crescimento, passamos a buscar um grupo que fosse competitivo. Para isso, o grupo divulgou o esporte em academias, redes sociais e páginas especializadas, atraindo novos jogadores, fazíamos partidas de exibição entre a gente mesmo para atrair pessoas”, contou.>
Capitão da equipe, Ricardo Fassarella, o “Grampola”, chegou a Vitória para cursar faculdade e acabou conhecendo o rugby por acaso, por meio de um colega. O convite mudou sua vida e acabou se transformando em uma paixão duradoura.>
Ricardo Fassarella "Grampola"
Capitão do Vitória RugbyEntre as lembranças mais marcantes, Grampola destaca as participações em torneios fora do Espírito Santo, um marco para uma equipe que representa sozinha o rugby capixaba. “A maior conquista foi conseguir participar de torneios e campeonatos fora do Espírito Santo. Todo mundo se uniu, gastou do próprio bolso, e mesmo assim conseguimos competir”, afirmou.>
Embora o objetivo de criar um grupo de amigos apaixonados pelo rugby tenha sido atingido, o Vitória Rugby continua sonhando alto. Com a atual meta de conquistar a vaga na segunda divisão do Campeonato Brasileiro, um feito que seria inédito para o clube.>
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