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Soltar pipa agora é esporte no ES, e pipeiros passam a ser atletas! Entenda

Soltar pipa agora é esporte no ES, e pipeiros passam a ser atletas! Entenda

A lei n° 12.035, de autoria do deputado Coronel Weliton e sancionada pelo governador Renato Casagrande, regulamenta e reconhece a atividade como prática esportiva no Estado

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 02:00

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Criança soltando pipa: Viana aprova criação de local exclusivo para prática
Prática vista por muitos como lazer agora é esporte no Espírito Santo. (Pixabay)
Breno Coelho
Estagiário / [email protected]

Se você é uma pessoa que cresceu brincando nas ruas, com certeza já soltou pipa alguma vez na vida, ou então conhece alguém que praticava essa atividade de lazer. Pois é, aquela brincadeira muito difundida entre crianças e adolescentes agora é considerada esporte, pelo menos no Espírito Santo. E seus praticantes serão oficialmente chamados de pipeiros.

O projeto de lei n° 12.035, de autoria do deputado Coronel Weliton (PRD), foi aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Renato Casagrande. O projeto, que foi publicado nesta quarta-feira (28) no Diário Oficial, visa regulamentar e reconhecer a soltura de pipas como modalidade esportiva no âmbito do Estado do Espírito Santo. 

Publicação da lei no Diário Oficial do Governo do Espírito Santo
Publicação da lei no Diário Oficial do Governo do Espírito Santo. (Reprodução)

A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o autor do projeto para entender as razões que lavaram a necessidade de regulamentar a atividade. Segundo Coronel Weliton, a organização da modalidade a credencia para se tornar um esporte. "Os grupos que se reúnem para soltar pipa tem disciplina, tem hierarquia desempenham essas atividades de forma salutar, harmônica e o esporte busca isso, trazer a união, integração e interação das pessoas nas comunidades, levando as pessoas a se reunir com fins artísticos e com uma troca de cultura e conhecimento", afirma. 

A ideia da proposição do projeto, segundo o deputado, também partiu de uma vontade de dar maior visibilidade para esse grupo de pessoas que pratica a soltura de pipa, mas não possuem o incentivo necessário. "Existem diversos festivais de pipa espalhados por todo o Estado que não possuem incentivo. Foi buscando justamente esse reconhecimento da prática que fizemos a proposição", explica.

O deputado conta que os praticantes do agora considerado esporte são pessoas comuns, que se reúnem em um ambiente familiar para praticar essa atividade tão enraizada na cultura brasileira. "São grupos organizados, de várias regiões do Espírito Santo, que se reúnem como se fossem uma família, fazendo inclusive campanhas filantrópicas de saúde e meio ambiente. Famílias inteiras e pessoas de diversas profissões que estão lá para praticar o esporte de uma forma muito pacífica". 

Regulamentação

Além do reconhecimento esportivo, o projeto de lei visa regulamentar a prática e estabelecer normas de conduta para o novo esporte. Na justificativa, o autor afirma que o objetivo é garantir a segurança, não somente dos praticantes do esporte, como também da população, e transformar a imagem da pipa e dos pipeiros. Ah, e nada de cerol. 

Justificativa da lei que regulamenta a pratica da soltura de pipas como esporte
Justificativa da lei que regulamenta a pratica da soltura de pipas como esporte. (Reprodução)

Bolsa Atleta?

Bom, agora que a soltura de pipas é considerada esporte no Espírito Santo, fica a dúvida: já que o praticante do esporte é considerado atleta, será que agora é possível receber incentivos do governo, como o Bolsa Atleta? Segundo o Deputado Coronel Weliton, ainda não. 

"Isso (captação de recursos) depende de uma regulamentação ao nível de governo, que não está no projeto, mas em tese, com certeza. O reconhecimento credencia eles a terem o mesmo tratamento que as outras atividades esportivas, uma não é melhor do que a outra. São apenas complementares e cada um pratica a atividade que lhe convém, de acordo com as peculiaridades, a cultura e também do gosto de cada um", explica. 

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