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Publicado em 30 de outubro de 2025 às 01:58
Um envelhecimento saudável exige uma série de cuidados, seja com a saúde, seja com a adaptação do lar. Isso porque a casa precisa acompanhar as necessidades dos moradores ao longo da vida, a fim de construir um espaço de paz, conforto e segurança.>
Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 28% a 35% das pessoas acima de 65 anos sofrem quedas ao menos uma vez ao ano. Esses acidentes podem, inclusive, causar lesões, hospitalização e, em casos mais graves, morte. O dado reforça a necessidade de adaptar os ambientes da casa para garantir maior acessibilidade e autonomia no futuro. >
Atualmente, muitos cuidados técnicos são considerados para a adaptação de imóveis, como explica o engenheiro biomédico e gerente de Relacionamento Técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (CREA-ES), Giuliano Battisti. >
Giuliano Battisti
Gerente de Relacionamento Técnico do CREA-ESAinda de acordo com o gerente, o aumento de demandas para projetos de acessibilidade tem se mostrado em crescimento, principalmente por ser uma exigência cada vez mais cobrada por prefeituras em repartições e vias públicas. >
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De olho nisso, confira cinco dicas de como tornar esses espaços adequados para essa fase da vida. >
O banheiro é um dos locais de maior risco de queda para pessoas idosas. Por isso, é fundamental investir em soluções práticas e simples, como tapetes antiderrapantes e bancos de banho, a fim de aumentar a segurança e promover autonomia. Além disso, a instalação de barras de apoio e louças sanitárias adaptadas podem oferecer mais estabilidade e conforto no dia a dia. >
A Celite, marca brasileira de louças e metais sanitários da Roca Brasil, investe em soluções que antecipam comportamentos e transformações. De acordo com o gerente de produto da empresa, Bruno Silva, foi desenvolvida uma linha de produtos que trabalha conforto e segurança para pessoas com mobilidade reduzida, a fim de atender a uma demanda de mercado. >
O quarto, por se tratar de um local destinado para dormir e relaxar, precisa ser preparado para transmitir conforto e segurança. O recomendado para as camas, por exemplo, é uma altura de 55 a 65 centímetros. Outra dica é instalar uma iluminação noturna suave, uma forma de evitar quedas à noite.>
Com o passar da idade, a mobilidade tende a diminuir. Ou seja, espaços estreitos e pisos desnivelados podem aumentar riscos de acidentes. Pensando em cadeiras de rodas e andadores, é importante rever as larguras de portas e corredores, sendo a medida de 90 centímetros, a mais recomendada. >
Evite também degraus, tapetes ou fios elétricos espalhados pela residência, com o objetivo de deixar a mobilidade o mais fluida possível. >
Ter liberdade de movimento, sem depender da ajuda de terceiros, é essencial para preservar o bem-estar e a autoestima. Por isso, mantenha os móveis organizados com espaço de circulação entre eles, assim como proteção nas quinas pontiagudas. >
A arquiteta e conselheira estadual do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), Bruna Sardinha, reforça que já existem soluções que unem acessibilidade e design, o que mostra que é possível alinhar proteção e bom gosto em um ambiente. Ela também afirma que inserir elementos naturais, como plantas ou cores que remetem à natureza podem trazer um maior conforto visual. >
Bruna Sardinha
Conselheira estadual do CAO-ESFacilidades tecnológicas podem fazer muita diferença na autonomia do dia a dia. Equipamentos como assistentes virtuais, tomadas inteligentes e sistemas de controle por aplicativo podem contribuir para uma rotina mais fluida, principalmente para pessoas que buscam maior independência. >
A iluminação também pode ser explorada de forma técnica e estética, como fitas de LED em rodapés e sancas, que orientam o percurso e ao mesmo tempo valorizam o espaço. >
Este conteúdo foi escrito por uma aluna do 28° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob orientação da editora Karine Nobre>
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