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Partida da Copa ES Sub-20 é paralisada após caso de racismo contra árbitro

Partida da Copa ES Sub-20 é paralisada após caso de racismo contra árbitro

Jogo entre Porto Vitória e Sport-ES foi interrompida na volta do intervalo. O treinador Fabrício Rodrigues, do profissional do Sport-ES, é o suspeito de ofender o árbitro Wendell Cabral

Publicado em 22 de setembro de 2023 às 16:41

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Árbitro Wendell Cabral teria sido vítima de racismo na partida entre Porto Vitória e Sport Capixaba
Árbitro Wendell Cabral teria sido vítima de racismo na partida entre Porto Vitória e Sport Capixaba. (Jordan Nunes/Capixaba Esporte)
Breno Coelho
Estagiário / [email protected]

Mais um caso de racismo no futebol. Dessa vez na partida entre Porto Vitória e Sport-ES, que duelavam pela 3ª rodada da Copa Espírito Santo Sub-20, na tarde desta sexta-feira (22), no estádio Pedro Marianelli, na Serra.

Segundo relatos, os times voltavam do intervalo quando uma pessoa que estava do lado de fora teria chamado o árbitro Wendel Cabral de 'macaco'. O suspeito foi identificado como sendo Fabrício Rodrigues, técnico da equipe profissional do Sport-ES. O jogo, que estava 3 a 0 para o Porto, foi paralisado para aguardar a chegada da polícia. 

Informações dão conta de que ele teria saído do local antes da chegada da polícia militar. Os policiais conversaram com o árbitro Wendell, que externou o desejo de registrar o boletim de ocorrências contra o suspeito. Depois da conversa, a partida retornou normalmente.

A Polícia Militar afirmou que foi acionada na tarde desta sexta-feira (22) e prosseguiu até o campo no bairro Novo Horizonte, na Serra, onde o árbitro de 27 anos informou que Fabrício Rodrigues, técnico do time profissional do Sport-ES, teria lhe dirigido ofensas de cunho racista, em frases do tipo “não sabe apitar nada esse preto. Vou representar contra esse negro”.

A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o treinador Fabrício Rodrigues, que negou as acusações. "Em momento nenhum xinguei ninguém. Eu nunca falaria isso, até porque também sou negro e não tenho histórico de destratar ninguém, tenho uma carreira limpa. Eu era telespectador e fui para assistir o jogo", afirmou. 

Contatamos também a Polícia Civil e a Federação de Futebol do Espírito Santo (FES) para ter um posicionamento das instituições a respeito do caso. Ainda não recebemos nenhum retorno. 

A matéria será atualizada quando recebermos as respostas.

Apuração conjunta com Tiago Taam, do ge.globo

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