O ônibus que pegou fogo em Guarapari na tarde deste domingo (12) estava transportando 45 pessoas que participaram de um retiro espiritual no distrito de Buenos Aires, realizado durante o final de semana. O destino delas era o bairro Alvorada, em Vila Velha, e os demais participantes acompanhavam o veículo em uma espécie de comboio pela Rodosol.
E justamente esses motoristas que estavam seguindo o ônibus é que viram o início do incêndio e buzinaram para o condutor do coletivo. Começou a sair uma fumaça da parte de trás, perto do pneu, e paramos para pedir socorro. Três pessoas que trabalham no pedágio tentaram nos ajudar com extintores, mas não foi o suficiente, contou Edson Carlos Custódio.
Com a filha e duas sobrinhas dentro do ônibus, a diarista Priscila Rodrigues da Costa Santos ficou sabendo do que estava acontecendo por telefone. Eu estava indo de carro porque tinha que resolver uma pendência no caminho. De repente, as meninas me ligaram chorando. Foi um desespero só, relembrou.
Claramente abalada e com a voz embargada, ela contou sobre o misto de angústia e alívio. A gente não imaginava a proporção do acontecimento, o tamanho do acidente. Só caiu a ficha depois. Deus estava conosco o tempo todo. Foi um livramento, uma alegria. Agora é descansar e se recuperar do susto, disse.
Embora o acidente não tenha tido vítimas, vários passageiros perderam a bagagem que tinham levado, como é o caso da cabeleireira Débora Quintiliano Clarindo Custódio, que ficou sem o material de trabalho. O que sobrou da comida levada para o retiro também acabou completamente queimado.
Tal prejuízo só aconteceu, de acordo com as pessoas envolvidas, devido à demora para a chegada da equipe da concessionária que administra a via. Fiquei lá o tempo todo e o socorro da Rodosol demorou uns 40 minutos para chegar. Aí tudo já tinha pegado fogo. Não tinha sobrado nada, disse Edson revoltado.
Acionada por A Gazeta, a Rosodol informou que a ocorrência teve início às 16h30 e imediatamente uma equipe isolou a área e deu apoio com extintores. Dez minutos depois, uma ambulância teria chegado ao local; e às 16h53, o carro-pipa. Os atendimentos realizados foram executados o mais rápido possível, em tempo menor que o estipulado em prazos contratuais, afirmou a nota.
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