Publicado em 19 de novembro de 2019 às 18:03
A situação da BR 262, entre Viana e Domingos Martins, chama a atenção das autoridades para o risco de novos deslizamentos. Imagens feitas pela TV Gazeta, na manhã desta terça-feira (19), mostram a dimensão do problema. Ainda não há previsão de novas interdições no local, mas caso elas sejam necessárias, um desvio pode aumentar o tempo da viagem entre Vitória e Domingos Martins. O percurso, que atualmente é feito em 1h10, pode demorar 2h40.>
A informação é do agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fábio Pezin. Se bloquear o trecho, a passagem com o desvio poderá ser feita por Alfredo Chaves, com descida pela BR 101 e subida para Marechal Floriano. Isso acrescentaria 1h30 na duração da viagem de quem vai de Vitória até Domingos Martins. De Vitória a Marechal, normalmente, são percorridos 55 km. Passando por Alfredo Chaves, o trecho aumenta para 122 km. De Marechal para Domingos Martins, seriam gastos mais dez minutos, afirmou.>
Até às 15h30 desta terça-feira (19), o único bloqueio entre a capital e a sede do município da região serrana, Campinho, é o que está situado no km 302, logo antes do posto da PRF. Neste, o trajeto deve ser feito pela entrada no bairro Universal, com saída após a reta do complexo penitenciário de Viana. Com esse desvio a distância fica praticamente a mesma em relação à rodovia. Se continuar chovendo é que corre o risco de interditar depois da ponte sobre o rio Jucu, perto da Vista Linda, informou.>
Imagens de drone registradas pelo cinegrafista Luciney Araújo, da TV Gazeta, nesta terça-feira (19), mostram a dimensão dos deslizamentos de terra ao longo da BR 262, entre os municípios de Viana e Domingos Martins. Nesta segunda-feira (18), o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no ES, Romeu Scheibe Neto, informou que um trecho de 15 quilômetros da rodovia teve um total de 52 deslizamentos. >
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Os 52 deslizamentos foram registrados entre o km 22 e o 37, nos municípios de Viana e Domingos Martins. Deste total, 16 foram classificados como graves, em situações onde ocorreram interdições parciais da rodovia, e dois classificados como extremos, onde aconteceu a interdição total do trecho.>
Para minimizar os locais mais impactados, lonas foram colocadas em três trechos. Segundo o superintendente, o objetivo é evitar o encharcamento do solo em locais onde a vegetação foi arrancada pelo deslizamento de terra. As raízes da vegetação ajudam a conter o aterro no lugar. Quando o trecho não está vegetado, onde o deslizamento causou o arrancamento dessa vegetação, o solo fica sob o efeito direto da chuva. Isso pode provocar novos deslizamentos. Então, a lona pode parecer uma solução simplista, mas tem um resultado grande nestes casos, explicou.>
Ainda de acordo com o superintendente, um trabalho de análise está sendo feito em todo o trecho para avaliar as condições das encostas na rodovia. A gente está fazendo uma varredura nestes 15km para poder identificar todos os pontos de instabilidade, disse.>
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