Publicado em 19 de novembro de 2019 às 12:43
Imagens de drone registradas pelo cinegrafista Luciney Araújo, da TV Gazeta, nesta terça-feira (19), mostram a dimensão dos deslizamentos de terra ao longo da BR 262, entre os municípios de Viana e Domingos Martins. Nesta segunda-feira, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no ES, Romeu Scheibe Neto, informou que um trecho de 15 quilômetros da rodovia teve um total de 52 deslizamentos. >
Os 52 deslizamentos foram registrados entre o km 22 e o 37, nos municípios de Viana e Domingos Martins. Deste total, 16 foram classificados como graves, em situações onde ocorreram interdições parciais da rodovia, e dois classificados como extremos, onde aconteceu a interdição total do trecho.>
Para minimizar os locais mais impactados, lonas foram colocadas em três trechos. Segundo o superintendente, o objetivo é evitar o encharcamento do solo em locais onde a vegetação foi arrancada pelo deslizamento de terra. As raízes da vegetação ajudam a conter o aterro no lugar. Quando o trecho não está vegetado, onde o deslizamento causou o arrancamento dessa vegetação, o solo fica sob o efeito direto da chuva. Isso pode provocar novos deslizamentos. Então, a lona pode parecer uma solução simplista, mas tem um resultado grande nestes casos, explicou.>
Ainda de acordo com o superintendente, um trabalho de análise está sendo feito em todo o trecho para avaliar as condições das encostas na rodovia. A gente está fazendo uma varredura nestes 15km para poder identificar todos os pontos de instabilidade, disse.>
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Agora, o órgão está levantando informações para a realização de obras com o objetivo de evitar novos problemas na rodovia. Segundo Romeu, o trabalho foi iniciado e consiste na coleta de dados técnicos para que o DNIT desenvolva um plano de ação do que deve ser feito ao longo do trecho. Ainda não foi estipulado um prazo ou o que pode ser realizado, mas, segundo o superintendente, o levantamento já foi iniciado.>
É um trabalho complexo. Não é algo que a gente aperta um botão e sai a solução do outro lado. A gente precisa fazer um levantamento expedito, pois não temos muito prazo, mas deve ser um levantamento pautado em condições técnicas adequadas para que a gente não cometa erros. Isso é o que estamos fazendo agora. Nesses três primeiros dias, (o trabalho) foi dar trafegabilidade à rodovia. Agora, temos que organizar as ideias e focar em um plano de ação para conter novos problemas, disse.>
A BR 262 ficou interditada por dois dias, entre quinta-feira (14) e sábado (16), por conta do deslizamento de uma encosta no KM 36, em Domingos Martins. Após trabalhos de limpeza da pista e estabilidade do solo, o trecho foi liberado. No entanto, a Polícia Rodoviária Federal informou que a rodovia pode ser interditada novamente em caso de novas ocorrências de deslizamento. A informação foi corroborada pelo superintendente do Dnit, que esclareceu, no entanto, que somente haverá interdição em caso de real necessidade.>
Se tiver um outro deslizamento de barreira, que ofereça risco ou interdite a pista, nós vamos ter que interditá-la e fazer o mesmo procedimento que fizemos no fim de semana. É o protocolo. Se teve queda de barreira, vamos ter que atuar para interditar. Mas, não está no nosso planejamento fazer qualquer intervenção desnecessária, completou.>
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