Publicado em 31 de julho de 2020 às 13:28
Depois da forte chuva que atingiu a região durante esta quinta (30) e a madrugada desta sexta-feira (31), moradores de Iconha começam a contabilizar os prejuízos. O nível do rio do município subiu e a água invadiu lojas e casas e causou deslizamentos de terra, entre outros transtornos. Até o momento, não há a informação de feridos, de acordo com a Defesa Civil Estadual. >
Na manhã desta sexta-feira, o fotógrafo de A Gazeta Carlos Alberto Silva esteve na cidade e registrou os danos causados pela força da água. Mesmo com a trégua da chuva, muitas ruas continuavam alagadas. A Defesa Civil Municipal teve que utilizar um barco para retirar moradores de algumas residências. >
Em outros locais, os próprios moradores se arriscavam passando pela água para recuperar objetos danificados ou perdidos. Um deles foi o comerciante Carlos Donatelli, 48 anos, que viu a loja de material de construção dele ser tomada pela água.>
"A loja está cheia por causa da rua, que não consegue escoar a água da chuva. Vem dos morros, de cima da vargem. Está desde ontem (30), por volta de 16h, 17h, debaixo de água. É a terceira chuva esse ano e é a terceira vez que a loja é atingida. Temos que arcar com os prejuízos porque não temos seguro", lamentou. >
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Quem também teve prejuízos materiais foi a dona de casa Maria Aparecida Gabriel, 53. Um barranco deslizou sobre os fundos do quintal da casa onde mora, derrubando um muro e parte da garagem. Na manhã desta sexta-feira, ela falou sobre o transtorno que sempre acontece quando chove forte no local. >
"Toda vez que chove esse barranco desce muita água. Aí desmorona tudo e temos esse transtorno. Atingiu minha garagem, quebrou o muro do outro lado. Deveriam tomar alguma providência, né? Ninguém resolve nada. O prejuízo foi material, mas poderia ter acontecido coisa pior", contou.>
O marceneiro Evaldo Lovatti, 52, teve sorte e não perdeu ou teve bens danificados com a chuva, apesar de a água ter atingido 40 cm de altura na residência dele. No entanto, o prejuízo acaba sendo emocional, pela aflição e medo causado a cada chuva forte na cidade. >
"Nenhum prejuízo material, mas sim emocional. Minha filha pequena não pode ver chuva que já fica desesperada. A gente sente. É a terceira grande chuva em poucos meses. Tem que ter muita força", disse.>
Quatro unidades de saúde do município estão com o atendimento suspenso, nos bairros Bom Destino, Duas Barras, Tocaia e Ilha do Coco se encontram com o atendimento suspenso. De acordo com a prefeitura, muitos profissionais de saúde não conseguem sair de suas casas ou ainda acessar as unidades devido aos pontos de alagamentos. >
A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil e também com a Prefeitura de Iconha para informações sobre desabrigados, desalojados e outros prejuízos causados pelas chuvas. Quando a resposta for recebida, esta matéria será atualizada.>
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