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Chuva no ES: empresário tenta se reerguer vendendo churrasquinhos

Chuva no ES: empresário tenta se reerguer vendendo churrasquinhos

Dono de uma churrascaria tradicional em Cachoeiro de Itapemirim, o empresário perdeu tudo na última grande enchente. Agora vai vender churrasquinhos. "Temos que continuar fazendo o que gostamos, o que sabemos fazer de melhor"

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 20:52

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José de Oliveira Rodrigues, empresário . (Reprodução/ Tv Gazeta Sul )

Para recomeçar o negócio destruído pela maior enchente em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o empresário José de Oliveira Rodrigues, de 56 anos, atenderá na próxima semana na calçada. Há 25 anos ele administrava uma churrascaria tradicional às margens da Avenida Beira Rio e, agora, funcionará no momento como churrasquinho.

No último dia 25, o cearense José de Oliveira viu os investimentos de duas décadas sendo destruídos pela cheia do Rio Itapemirim. A água chegou a dois metros de altura no imóvel e destruiu o salão, móveis e equipamentos.

Fachada da churrascaria destruída na enchente em Cachoeiro. (Reprodução/ Tv Gazeta Sul )

Naquela tarde, quando houve a enchente, o empresário ainda desacreditava que a água pudesse causar tantos danos, uma vez que nunca havia inundado o negócio. Sem ter como sair do comércio após a inundação, ele passou a noite no segundo piso da churrascaria, em um depósito.

Com tudo destruído, o empresário teve que demitir os  23 funcionários que tinha. “Quando desci naquele dia me dei conta do estrago. Foi devastador. Chamamos esses funcionários, conversamos e explicamos o porquê da demissão. Isso foi feito para que possam ter direito a seu fundo de garantia e o seguro desemprego que o governo oferece, pois no momento não temos como mantê-los ligados com a churrascaria sem funcionar, sem gerar receita”, revela.

A intenção do empresário é que a churrascaria volte a funcionar, como antes da enchente, em dois meses.  Na próxima semana, reabre na calçada como churrasquinho. “Temos o compromisso com eles (ex-funcionários) de quando abrir de volta e, quiserem voltar, vamos novamente admiti-los. A previsão de abertura no máximo 60 dias”, revela.

Rio Itapemirim transbordou em Cachoeiro de Itapemirim devido às chuvas. (Rede Social)

A estimativa é de prejuízos de aproximadamente R$ 300 mil. “Realmente é muito complicado, até como proprietário. Tem horas que você para e cai na realidade vendo o que era e o que não é mais. Em duas horas acabou tudo”, comentou o empresário.

José de Oliveira Rodrigues conheceu Cachoeiro de Itapemirim por meio de um amigo jornalista, quando ainda trabalhava em uma churrascaria no Rio de Janeiro. Para ele, os empresários afetados pela chuva não devem perder a esperança.

“É um recomeço, vamos levantar, erguer a cabeça. Há muitos ajudando e em breve estaremos atendendo como antes. É difícil, mas não podemos baixar. Temos que continuar fazendo o que gostamos, o que sabemos fazer de melhor”.

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