Publicado em 6 de março de 2020 às 14:18
O Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCES) emitiu, nesta quarta-feira (4), um parecer prévio pela rejeição da prestação de contas do ano de 2015 do então prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione. O motivo foi o apontamento de uma falha no recolhimento da Previdência de servidores e terceiros. A decisão é da 1ª Câmara do Tribunal.>
O TCES divulgou que a falta de regularidade no recolhimento, apontada no Demonstrativo da Dívida Flutuante (DEMDFL), causou endividamento do município. A equipe técnica apurou que os valores devidos ao Instituto de Previdência do Município de Cachoeiro de Itapemirim (Ipaci), que é responsável pela Previdência dos servidores efetivos, e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para os demais, aumentou 78% em 2015.>
Para o conselheiro Carlos Ranna, não houve justificativas plausíveis para o descumprimento da obrigação do município. Não houve justificativa ou juntada de documentação que pudesse mitigar ou eliminar os efeitos desta irregularidade.>
Além disso, no parecer, foram mantidas as irregularidades de abertura de créditos adicionais sem fonte de recursos; a incompatibilidade no saldo disponível que indica falha na consolidação; a apresentação de saldos inconsistentes com os evidenciados no anexo ao balanço patrimonial; e a incompatibilidade no pagamento de restos a pagar, que indica distorção nos saldos disponível e patrimonial.>
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Carlos Casteglione, então prefeito em 2015, disse que vai apresentar recurso. Cabe recurso e eu vou apresentar. Assim que for publicado o acórdão, eu vou apresentar recurso ao pleno com as informações que já apresentei ao Tribunal de Contas, visando resolver essa situação.>
Ainda segundo Casteglione, como o ponto principal que levou a aprovação do parecer pela rejeição é a questão relacionada à Previdência, ele irá pedir que seja analisada a prestação de contas do Ipaci, que também é enviada ao Tribunal de Contas.>
Acontece que o Ipaci, por ser uma autarquia, também tem que enviar prestação de contas ao Tribunal. E o que nós estamos sabendo é que a prestação de contas do Ipaci de 2015 sequer foi analisada. E é importante que ela seja analisada. Vamos apontar isso na nossa defesa e a nossa expectativa é que o parecer relativo a essa prestação de contas de 2015 do Ipaci também tramite no Tribunal, porque será também a oportunidade de apresentar os devidos esclarecimentos, finalizou o ex-prefeito.>
O TCES foi demandado para esclarecer se as contas do Ipaci já foram analisadas, mas ainda não respondeu ao questionamento. Assim que houver retorno, esta matéria será atualizada.>
A aprovação ou não da prestação de contas de um prefeito é feita pela Câmara de Vereadores do município. Neste caso, ainda não há uma previsão de quando o processo será remitido a Câmara de Cachoeiro, uma vez que ainda será apresentado recurso.>
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