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Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 17:12
A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou, na terça-feira (18), 34 pessoas por tentativa de golpe de Estado. A lista inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados dele, como o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Mas o que acontece a partir de agora? Entenda abaixo.>
O procurador-geral Paulo Gonet apresentou a acusação contra Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, agora, há uma série de etapas a serem cumpridas entre a denúncia e uma eventual condenação.>
O próximo passo é o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam os atos golpistas, analisar a denúncia da PGR. Ele, inclusive, mandou notificar os denunciados e abriu um prazo de 15 dias para as defesas apresentarem suas contestações.>
Logo após analisar a denúncia e ouvir as partes envolvidas, Moraes decide se aceita ou não a denúncia contra Bolsonaro e seus aliados. Essa etapa não tem prazo para ser concluída. >
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Se a denúncia for aceita, o caso segue para análise da 1ª Turma do STF, formada por Moraes, Carmén Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Se a maioria deles for favorável, os acusados se tornam, oficialmente, réus e é iniciado um processo criminal contra os denunciados.>
"A partir daí, inicia-se o julgamento das provas e, ao fim, tem as chamadas alegações finais apresentadas tanto pela acusação quanto pela defesa. O processo finaliza com o retorno para a 1ª Turma, para, então, ser julgado se eles vão ser condenados ou não", destaca o advogado criminalista Rômulo Almeida Delai.>
Em um caso normal, os réus, caso condenados, poderiam recorrer na segunda instância, mas, de acordo com Delai, como o processo já corre na última instância do judiciário, o STF, os únicos recursos cabíveis são agravo regimental e embargos.>
De acordo com acusação, Bolsonaro liderou organização que tentou golpe de Estado após perder eleição para Lula em 2022
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O também criminalista Rodrigo Horta avalia que, normalmente, todo esse processo demora. "A denúncia precisa ser aceita, é um trâmite lento", avalia o advogado criminalista Rodrigo Horta. Todavia, conforme apuração da jornalista Andreia Sadi, do g1, o STF prevê julgar Bolsonaro ainda em 2025, para evitar "contaminar" o processo eleitoral do ano seguinte. >
Os crimes atribuídos a Bolsonaro e a seus aliados são: >
As penas somadas podem ultrapassar 28 anos de prisão em caso de condenação. A denúncia foi fatiada. A peça apresentada na terça (18) atinge a “cúpula” do plano golpista. Além do major Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, Bolsonaro e outros 32 aliados foram denunciados. São eles:>
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