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Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 22:11
O procurador-geral da República Paulo Gonet denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito do golpe. Entre os denunciados está o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. >
Nos autos, o major é denunciado por integrar, "de maneira livre, consciente e voluntária, uma organização criminosa constituída desde pelo menos o dia 29 de junho de 2021 e operando até o dia 8 de janeiro de 2023".
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Ainda conforme a denúncia da PGR, a organização criminosa, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "utilizou de violência e grave ameaça com o objetivo de impedir o regular funcionamento dos Poderes da República".>
Bolsonaro é apontado como líder de uma organização criminosa “baseada em projeto autoritário de poder” e “com forte influência de setores militares”.>
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“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, diz um trecho da denúncia.>
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal revelou o nome dos 37 indiciados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na investigação que apurou a existência de uma organização criminosa responsável por atuar de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder. Angelo Martins Denicoli também integrava a relação divulgada pela PF na ocasião.>
O relatório final da Polícia Federal foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o indiciamento dos investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. >
A PF ainda informou, à época, que as provas que embasaram o relatório foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário. A reportagem tenta contato com Angelo Denicoli. O espaço segue aberto para as devidas manifestações.>
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