Publicado em 30 de março de 2020 às 20:11
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) marcou para o dia 21 de junho a eleição suplementar em Conceição da Barra, que vai escolher os novos prefeito e vice-prefeito da cidade. >
O TRE-ES decidiu no dia 18 de setembro do ano passado, por unanimidade, cassar o prefeito de Conceição da Barra, Francisco Bernhard Vervloet (PSDB), o Chicão, e o vice, Jonias Dionisio Santos (Pros). >
Em dezembro, a cassação foi mantida. >
Quem for eleito em junho ficará no mandato apenas até 31 de dezembro de 2020. Em outubro já terá havido outra eleição, para escolher o chefe do Executivo municipal que vai assumir em 1º de janeiro.>
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A decisão do TRE, de marcar a eleição em meio à pandemia do novo coronavírus, deu-se porque o calendário eleitoral foi mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).>
"É até uma situação difícil porque estamos no meio da pandemia do coronavírus e temos que observar o calendário eleitoral, até porque a ministra Rosa Weber disse que, até o momento, não há nada que justifique o descumprimento do calendário eleitoral", afirmou o presidente do TRE-ES, desembargador Samuel Meira Brasil Jr, durante a sessão desta segunda-feira (30), que foi virtual.>
Rosa Weber é a presidente do TSE. O dia 21 foi escolhido porque é o último permitido pelo calendário para realização de eleição suplementar no primeiro semestre de 2020.>
O desembargador não descarta mudanças quanto à definição desta segunda: "Se surgir algum fato superveniente que justifique a extensão ou não do isolamento social, podemos deliberar novamente", afirmou.>
Se tudo for mantido como está, os partidos terão que realizar convenções, que são reuniões deliberativas, para escolher quem serão os candidatos, entre os dias 11 e 16 de maio. E a propaganda eleitoral, a campanha, começa em 21 de maio.>
A minuta da resolução que estabelece os prazos foi aprovada à unanimidade pelo TRE nesta segunda.>
O TRE entendeu que o prefeito Chicão, quando era secretário de Assistência Social do município, incorreu em uma conduta proibida em pleno ano eleitoral, em 2016. >
Ele esteve à frente de um programa social que oferecia cursos profissionalizantes gratuitos à população. Ainda de acordo com o próprio TRE, o prefeito e o vice continuam nos cargos enquanto recorrem da decisão em instâncias superiores.>
O Ministério Público narrou que o programa foi lançado apenas em abril daquele ano, sem execução orçamentária iniciada no ano anterior e sem autorização da Câmara Municipal. Essas são exigências da lei eleitoral em período de disputa.>
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