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Publicado em 11 de julho de 2025 às 11:46
Ainda sob o efeito do tarifaço que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer impor ao Brasil, ministros do governo Lula, durante visita ao Espírito Santo, criticaram aqueles que defendem os interesses dos americanos em detrimento do povo brasileiro. Em seus discursos na solenidade que marca o início da transferência de renda para os atingidos pela lama do Rio Doce, nesta sexta-feira (11), em Linhares, Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Rui Costa (Casa Civil) ressaltaram a atuação do governo federal para garantir o pagamento do benefício e alfinetaram os defensores da política americana.>
"Temos agora um acordo feito para vocês, por alguém de vocês, e que vai cuidar de vocês, não dos interesses americanos porque o Brasil é dos brasileiros", destacou Messias, após pontuar o trabalho feito pelo governo federal para assegurar o pagamento de R$ 3,7 bilhões, ao longo de 4 anos, para pescadores e agricultores atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.>
Messias observou que já se passaram quase 10 anos do desastre ambiental e, segundo ele, somente com o retorno de Lula à presidência voltou-se a discutir a compensação para a população afetada pelos rejeitos da mineração da Samarco. Mais de 22 mil pescadores e 13,5 mil agricultores, em municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais, serão beneficiados. O valor será de um salário mínimo e meio mensal por atingido, por até 36 meses, e um salário mínimo mensal por mais 12 meses.>
"Preciso dizer que, apesar de muita tentativa de sabotagem, construímos o melhor acordo possível para vocês e aqui, no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande foi um parceiro de primeira hora. Outras autoridades não tiveram essa grandeza de olhar para o povo brasileiro. Criaram até uma fundação, que cuidou de tudo, menos de vocês", afirmou. >
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O advogado-geral da União disse que foram necessários dois anos para construir o acordo, que, conforme frisou, ouviu as comunidades atingidas e setores como os de saúde e educação. Ele lembrou, ainda, que, além do governo federal, houve atuação do Ministério Público, Defensoria e do governo capixabas, com a condução do Tribunal Regional Federal da 6ª região. >
Após Messias, o ministro da Casa Civil também se manifestou. Logo no início do discurso, Rui Costa conclamou o público para uma salva de palmas para as várias bandeiras do Brasil exibidas no evento e ao presidente Lula. “Com o ataque dos Estados Unidos, nós sabemos quem são os brasileiros e quem são os traidores da Pátria”, declarou.>
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também criticou em sua fala a interferência de Trump na política brasileira. >
“Se toda pessoa que tiver para ser condenada na Justiça brasileira for pedir para o Trump aumentar as tarifas dos produtos brasileiros, vai para 5 mil, 50 mil, 500 mil a tarifa. Não é assim que se enfrenta a Justiça. Se enfrenta a Justiça se defendendo. Quem cometeu crime tem que pagar por eles”, afirmou.>
Escolhido para fazer a fala de boas-vindas ao presidente Lula na cerimônia de anúncio do início dos pagamentos do Programa de Transferência de Renda (PTR) para agricultores familiares e pescadores atingidos pelo rompimento de Barragem de Mariana, em 2015, o prefeito de Linhares, Lucas Scaramussa (Podemos), foi alvo de vaia do público presente no evento.
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O mandatário foi vaiado ao ser anunciado na mesa de honra da solenidade e durante discurso de recepção ao presidente petista, embora tenha feito uma fala alinhada à proposta da cerimônia.>
Apesar da manifestação contrária de parte do público ao prefeito, que está no espectro político mais à direita, Scaramussa fez um discurso de agradecimento ao governo federal e pregou a unidade para o bem da população, não apenas neste acordo para os atingidos pela lama do Rio Doce.>
O prefeito, inclusive, elogiou diretamente o presidente Lula por programas criados em gestões anteriores, como o Prouni, que ampliou o acesso ao ensino superior para pessoas de diferentes origens. >
“Quando eu dava aulas no curso de Direito, eu vi a cor da minha sala de aula mudar, eu vi os cabelos mudarem. Tudo isso fruto de políticas públicas que transformam a vida das pessoas. Então, precisamos nos apegar ao que nos une. Na política, não precisamos de intimidade, mas de solução para nossos problemas comuns e, por isso, buscamos unidade para atender todos que não foram reparados ainda.”>
Scaramussa aproveitou para lembrar que o município tem 14 obras cadastradas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e precisa de recursos e parceria com o governo federal para que os projetos sejam executados.>
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