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Marcelo Santos volta a criticar secretários de Casagrande por atuação política

Marcelo Santos volta a criticar secretários de Casagrande por atuação política

Essa é a segunda vez, em menos de uma semana, que o presidente da Assembleia Legislativa lança críticas ao secretariado do governo estadual

Publicado em 8 de julho de 2025 às 17:17

Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
Marcelo Santos diz que papel dos deputados estaria sendo desrespeitado  Crédito: Lucas S. Costa/Ales

O presidente da Assembleia Legislativo do Espírito Santo (Ales), deputado Marcelo Santos (União), voltou a direcionar críticas ao secretariado do governador Renato Casagrande (PSB), em sessão extraordinária realizada na tarde desta terça-feira (8).

Conforme o chefe do Legislativo estadual, que dessa vez citou diretamente o diretor-geral do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), o ex-deputado José Eustáquio de Freitas (PSB), o papel dos parlamentares estaria sendo desrespeitado com a postura adotada por parte dos secretários casagrandistas.

Na sessão, convocada para apreciar projeto do Executivo estadual, Marcelo Santos começou sua fala acusando Freitas de cumprir agendas de entregas do DER-ES sem convidar ou mesmo informar os deputados sobre os encontros com lideranças políticas dos respectivos territórios eleitorais.

"Quero aqui deixar um registro, inclusive para o diretor do DER, o Freitas, que ele respeite um bocado (sic) mais o papel do deputado. De forma que não foi muito gentil, fazendo visita a trechos importantes, convidando lideranças, se esquecendo, portanto, do papel dos deputados (da Ales). É importante porque nós somos uma engrenagem. Aqui, grande parte dos deputados, senão a maioria, faz parte da base do governo, como eu. E nós queremos que esse governo possa fazer mais entregas, prospere. Mas fica difícil quando alguém quer dar voo solo, e sozinho ninguém chega a lugar algum", disse Marcelo Santos, em seu discurso.

Em outro de trecho do discurso, mais uma vez repetido por outros deputados presentes à sessão, o presidente da Casa de Leis acusou outros secretários de Casagrande de atuarem supostamente de maneira eleitoreira em entregas do governo do Estado em cidades do Espírito Santo. "Isso vem acontecendo de maneira generalizada. Não estou falando somente do Freitas, não. Estou falando de todos (secretários), incluindo homens e mulheres", frisou o presidente da Ales.

Essa é a segunda vez, em menos de uma semana, que o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo lança críticas ao secretariado do governo socialista. A primeira foi na sessão da última quarta-feira (2).

Na ocasião, Marcelo Santos disse que a movimentação feita pelos chefes das pastas poderia até comprometer a lisura do pleito eleitoral do próximo ano, em que serão disputadas vagas para o governo, o Senado, a Câmara dos Deputados e para a própria Ales.

O que diz o governo

A reportagem de A Gazeta procurou o governo do Estado, por meio da Casa Civil, na tarde desta terça-feira (8), para comentar as falas feitas pelo presidente da Ales e por outros deputados da Casa de Leis. Até a conclusão deste texto, a pasta ainda não havia retornado os contatos.

Na última quarta-feira (2), após as primeiras críticas feitas pelo presidente da Ales, o secretário da Casa Civil, Júnior Abreu, rebateu a alegação dos parlamentares dizendo que, "dentro da gestão de Casagrande", a suposta prática apontada pelos deputados não estaria acontecendo.

"Isso não está acontecendo dentro do governo porque a orientação, desde sempre, é de manter os esforços visando às entregas à população. A determinação do governo é que o foco total seja no trabalho para os capixabas. Não se discute eleição ainda. Quem for disputar eleição só vai pensar nisso em abril (quando quem tem pretensão em concorrer a cargos eletivos deverá deixar o cargo, em atendimento às regras eleitorais), porque, agora, a concentração é no trabalho para realizarmos as entregas para a população", disse Júnior Abreu na ocasião.

O diretor-geral do DER-ES também foi procurado para comentar as críticas dirigidas a ele na sessão extraordinária desta terça-feira (8), mas não havia respondido à reportagem até a conclusão deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.

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