Publicado em 1 de setembro de 2020 às 18:45
Apesar de serem a maioria do eleitorado no Espírito Santo, as mulheres ainda estão escanteadas de espaços de poder, sub-representadas, principalmente, na política. O ciclo de debates Mais Mulheres na Política Capixaba, promovido pelo Programa Agenda Mulher, do governo estadual, vai tratar do tema a partir desta quarta-feira e até sexta (04), de forma virtual. >
Os debates realizados ao longo do evento têm o objetivo de inspirar o empoderamento feminino no processo democrático, de acordo com a organização. Com um painel por dia, os assuntos abordados serão: liderança feminina e lugar de fala; inclusão da mulher na política: eleições 2020; cota de gênero nas eleições 2020; e Eleições 2020: a mulher candidata. >
Entre os participantes estão a vice-governadora do Estado, Jaqueline Moraes (PSB), a secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES) Domingos Augusto Taufner e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).>
Mediadora dos debates, a vice-presidente da Comissão de Direitos Políticos e Eleitoral da OAB-ES, Wilma Chequer, afirma que o evento traz para o debate um tema muito importante, uma vez que a representatividade feminina é muito pequena e a participação das mulheres na política influencia prioridades da administração.>
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Tudo que é diferente traz uma nova visão. E eu não falo de diferença biológica, falo que todo mundo tem o direito a ocupar os espaços e participar. Nós, mulheres, somos maioria no eleitorado, é uma questão de justiça. Uma candidatura feminina legítima aos meus olhos não é para reforçar ideias dos homens que já ocupam esses espaços há anos, disse.>
A pouca representatividade feminina em espaços de poder tem sido uma realidade no cenário político capixaba. Além de ter elegido apenas 29 vereadoras, em 48 anos, nas principais cidades da Grande Vitória, o Espírito Santo também elegeu poucas mulheres para o Executivo. No último pleito municipal, apenas quatro mulheres foram eleitas para prefeituras nos 78 municípios capixabas e, neste ano, apenas 9% das pré-candidaturas confirmadas para prefeituras são femininas.>
O cenário se repete na Assembleia Legislativa e no Congresso. Apenas 13 mulheres para ocupar cargos de deputadas e, apenas uma, se elegeu senadora em 2014. A baixa presença delas em cargos políticos tem feito a Justiça Eleitoral criar leis e cotas que obrigam os partidos a investirem na capacitação e candidatura de suas filiadas. >
Desde a década de 90, pelo menos 30% das candidaturas para as vagas de vereador e deputado precisam ser destinadas para mulheres e, partir deste ano, as siglas deverão aplicar a mesma proporção para verbas do fundo eleitoral e presença feminina nas lideranças partidárias. >
Serviço: Ciclo de debates "Mais mulheres na política capixaba" >
1º Painel: Liderança Feminina e Lugar de Fala>
Tema: Importância da liderança feminina nos espaços de representatividade e gestão>
Reveja o debate realizado em 2 de setembro:>
2º Painel: Inclusão da Mulher na Política: Eleições 2020 >
Tema: Cargos para as eleições 2020. O papel da prefeita e da vereadora municipal>
Tema: Cotas de Gênero nas eleições 2020>
3º Painel: Eleições 2020: a mulher candidata>
Tema: Alternativas para efetivação da participação feminina nos partidos.>
Tema: Estratégias de financiamento e marketing das candidaturas femininas.>
Os debates serão transmitidos nas seguintes plataformas:>
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