Editora-adjunta de Política / [email protected]
Publicado em 27 de agosto de 2021 às 13:03
O subcomandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), coronel Ronaldo Mutz, expediu ofício, datado de quinta-feira (26), determinando que todo o efetivo empregado na administração fique de prontidão para atuar, no policiamento, nas manifestações do dia 7 de setembro. >
"Haverá o empenho nas manifestações do dia 07 de setembro de todo o efetivo administrativo dos CPOs, (Comandos de Polícia Ostensiva) Unidades Operacionais, CA-Aj. Geral (Centro Administrativo da Ajudância Geral), DS (Diretoria de Saúde) e Corpo Musical", diz o texto, ao qual A Gazeta teve acesso.>
Durante o expediente, entre os dias 6 e 10 de setembro, os policiais da administração devem usar as fardas utilizadas pelos militares que atuam nas ruas, o uniforme de policiamento ostensivo geral, "mantendo ainda os EPIs (equipamentos de proteção individual) obrigatórios em condições, caso haja a necessidade de acionamento".>
Quem conseguiu dispensa, folga, entre os dias 3 e 12 de setembro vai ter que refazer os planos. "Fica suspensa a concessão de qualquer tipo de dispensa no período de 03 a 12 de setembro de 2021, e as que forem concedidas, deverão se encerrar até o dia 03 de setembro de 2021", determinou o subcomandante-geral.>
>
Apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) organizam manifestações em diversas cidades do país, marcadas para o 7 de Setembro, em apoio ao chefe do Executivo federal. >
Entre as pautas, estão bandeiras que emulam discursos de Bolsonaro, como a adoção do voto impresso com contagem manual, e ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).>
O presidente também tem feito ataques à democracia, como ao ameaçar a não realização de eleições em 2022, ou ao falar em contragolpe.>
Esses discursos ecoam fortemente, via de regra, justamente entre policiais militares. O presidente tem usado, ainda, as Forças Armadas para passar recados políticos, sobretudo com o apoio dos comandantes da Marinha e da Aeronáutica. Um desses recados foi um desfile militar que, de forma inédita, transitou pela Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 10.>
Um oficial da ativa da Polícia Militar de São Paulo chegou a convocar, por meio das redes sociais, "amigos" a comparecerem aos atos pró-Bolsonaro. Nas publicações ele também atacou o STF e o governador João Doria (PSDB), a quem a PM paulista está submetida. >
Acabou afastado da função de comando e responde a Inquérito Policial Militar (IPM) e ainda a um inquérito civil, instaurado pelo Ministério Público Estadual.>
Doria chegou a alertar outros governadores quanto ao "crescimento desse movimento autoritário para criar limitações e restrições, com emparedamento de governadores e prefeitos".>
No Espírito Santo, o secretário de Estado da Segurança Pública e ex-comandante da PM, coronel Alexandre Ramalho, já descartou qualquer risco: "As Inteligências de todo Sistema de Segurança Pública acompanham e monitoram situações que possam prejudicar o bom andamento da democracia".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta