Pinguelas improvisadas ligam as casas às ruas do bairro Terra Vermelha
Pinguelas improvisadas ligam as casas às ruas do bairro Terra Vermelha. Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

Em Vila Velha, esgoto não escolhe classe econômica nem endereço

Falta de planejamento na expansão do município faz problema ser semelhante em bairros como Praia da Costa, São Torquato e Terra Vermelha. Tema é uma das prioridades dos moradores da cidade nas eleições 2020, como mostra a 3ª reportagem do projeto Eleições Fora da Bolha, dos residentes em jornalismo da Rede Gazeta

Rede Gazeta
Publicado em 10/11/2020 às 20h45
Atualizado em 17/11/2020 às 18h01

Para quem acaba de chegar, memórias das belas praias e dos pontos turísticos como o Morro do Moreno e o Convento da Penha são resgatadas. Para os moradores, outro elemento chama a atenção: a falta de saneamento básico adequado, que resulta em valões de esgoto a céu aberto e compromete a saúde dos moradores de diferentes partes de Vila Velha.

A falta de esgotamento sanitário é tão grave no município que é citada por um quarto dos entrevistados na pesquisa do Ibope realizada em outubro como um dos principais desafios dos gestores municipais que serão escolhidos nas eleições deste domingo (15). No levantamento, saneamento aparece quase empatado com educação (25%). Saúde, com 53% das menções, é a segunda maior reclamação, ficando atrás da maior queixa dos moradores, a segurança, que foi citada por 58% dos eleitores pesquisados.

Mas, enquanto a preocupação com a violência cresce conforme a renda familiar e a preocupação com a saúde aumenta entre quem ganha menos, o esgoto sem tratamento adequado não faz grandes distinções de perfil socioeconômico. Ele é uma realidade em regiões mais ricas, como a Praia da Costa, mas também nas mais pobres, como Terra Vermelha e São Torquato.

O esgoto a céu aberto também tem estreita relação com a saúde. Regiões sem tratamento adequado tendem a apresentar grande incidência de doenças como leptospirose e dengue.

59,07%

É O PERCENTUAL DE ESGOTO COLETADO EM VILA VELHA, SEGUNDO O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO (SNIS)

Segundo o historiador Filipe Savelli, do Laboratório de História das Interações Políticas Institucionais (Hispolis), a presença deste problema em áreas pobres e ricas da cidade demonstra uma falta de planejamento na expansão de Vila Velha. A construção de conjuntos habitacionais na década de 80 trouxe, além dos moradores dessas novas residências, um contingente grande de operários que, após o encerramento das obras, acabaram ficando na cidade.

“Onde existe a oferta de emprego, o povo vai atrás para trabalhar na construção civil, mas o problema da construção civil é que ela acaba”, afirma.

Com isso, a demanda de saúde, educação e infraestrutura, que era para atender aos moradores dos novos conjuntos, ficou sobrecarregada, pois teve que dar conta de quem havia migrado. “O boom populacional previsto foi além do esperado e o poder público não conseguiu absorver toda essa demanda, ou seja, o desenvolvimento não foi sustentável e pensado a longo prazo”, diz.

52%

DOS IMÓVEIS DE VILA VELHA TÊM REDE DE ESGOTO DISPONÍVEIS

Sem emprego e sem onde morar, essas pessoas, segundo Savelli, começaram a ocupar as regiões do entorno. Além disso, ele explica, para criar mais espaços para a construção civil, gestões de décadas passadas mudaram o plano hidrográfico da cidade, aterrando mangues e áreas alagáveis e construindo canais para as águas. Os espaços por onde a água poderia escoar foram aterrados ou invadidos irregularmente. Assim, quando chove, as águas acabam alagando boa parte da cidade hoje.

Em regiões ricas, o problema com esgoto a céu aberto se repete. O Canal da Costa é um exemplo disso. O valão recebe os dejetos da região onde está a Praia da Costa, bairro tradicional da cidade, e despeja os resíduos no mar. Savelli explica que a ocupação territorial capixaba iniciou-se na localidade, especificamente no bairro da Prainha.

Com o desbravamento do Estado, Vitória acabou se transformando na Capital, deixando Vila Velha com desenvolvimento prejudicado, o que influenciou diretamente na evolução da infraestrutura urbanística da cidade.

Com o esgoto a céu aberto, aumentam os riscos à saúde da população. De acordo com Crispim Cerutti, médico infectologista e professor associado da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), existe um grande risco de dengue nos locais onde o esgoto não é coletado.

Outras doenças, como a leptospirose e hepatite A, podem evoluir se a pessoa entrar em contato com a água contaminada. O médico ainda diz que as crianças que vivem nessas regiões sem esgoto tratado podem contrair o vírus sincicial, causador de bronquite nas vias aéreas.

8 mil

IMÓVEIS DE VILA VELHA TÊM REDE DISPONÍVEIS E AINDA NÃO SE CONECTARAM

Como acontecem alagamentos frequentes em Terra Vermelha, São Torquato e Praia da Costa, por exemplo, Cerutti alerta que as pessoas devem evitar o contato com essas águas, mas como a população acaba agindo para salvar seus pertences, a orientação é para que, após ter contato com águas contaminadas, se procure imediatamente assistência médica para ser orientações de como tratar as infecções.

Em Vila Velha, esgoto ainda é desafio e compromete saúde dos moradores

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Quem vivencia essa situação rotineiramente é Sueli Alves, de 50 anos, moradora e comerciante de São Torquato. “Aqui alaga bastante, já perdi várias coisas aqui na loja. Dentro de casa as coisas alagam também. Na última chuva eu perdi quase tudo. Moro aqui atrás (mesma rua da loja)”, conta.

A comerciante é uma das moradoras do bairro que teve a saúde afetada por conta da falta de esgotamento adequado. “Eu fui a primeira de São Torquato a ter chikungunya. Já peguei dengue e chikungunya aqui dentro do bairro. Aqui tem vários casos. Quando começou essa covid foi até confundido, porque era dengue e o pessoal achando que era covid. Começou a covid e esqueceram da dengue. Aqui tem muita dengue e muito mosquito por causa desse rio aberto e dessas galerias e desses esgotos que estão sempre cheios”, diz.

Em Vila Velha, esgoto ainda é desafio e compromete saúde dos moradores
Moradora de São Torquato, Sueli Alves, de 50 anos, mostra em que nível a água chega quando a loja alaga. Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

Em Terra Vermelha, a situação é parecida. Valdirene Dettman, de 37 anos, vice-presidente da Associação de Moradores do bairro, mora ali há 31 anos e também já teve a casa alagada várias vezes. “Ano passado foram quatro vezes. Em maio do ano passado, a água entrou 40 cm na minha casa. Perdemos algumas coisas, mas o maior problema do alagamento aqui é a falta de rede esgoto. As nossas fossas são ligadas ao valão. Quando o valão enche, a água volta”.

“A prefeitura fez a parte da água pluvial, mas a Cesan não fez a parte da rede de esgoto, então não adiantou nada. Junta as duas coisas e não há vazão à rede de esgoto. As caixas de esgoto foram instaladas há mais de cinco anos, e estão aguardando a Cesan fazer esse trabalho. Meu vizinho já pediu a rede, eu já pedi e não deu nada. São poucas casas que tem a caixa também. Meu vizinho tem, mas a minha não”, conta.

Moradora de Terra Vermelha, Valdirene Dettman, de 37 anos, mostra o sistema de esgoto do bairro: caixas coletoras foram instaladas, mas não estão conectadas à rede
Moradora de Terra Vermelha, Valdirene Dettman, de 37 anos, mostra o sistema de esgoto do bairro: caixas coletoras foram instaladas, mas não estão conectadas à rede. Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

Valdirene diz que os alagamentos geram doenças em muitas crianças do bairro: “Vários pais já reclamaram de crianças que tiveram pneumonia porque ficaram expostas ao alagamento. O alagamento traz bastante transtorno, traz bastante inseto. Toda vez que alaga, o mosquito aqui é um problema. Aqui tivemos muito problema com a dengue."

O índice de casos de zika vírus registrados até o boletim epidemiológico de  Vila Velha informa que são 137 casos da doença. O levantamento, no entanto, não mostra os números de notificações por regiões administrativa. Apenas diz que a Região 5 foi a mais afetada, seguida das regiões 2, 4 e 3.

Paulina Fiusa, de 67 anos, dentro de sua lanchonete que fica ao lado de um valão de esgoto
Paulina Fiusa, de 67 anos, dentro de sua lanchonete que fica ao lado do rio Aribiri, um valão de esgoto. Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

Praia da Costa e São Torquato são dois bairros que sofreram transformações territoriais e de qualidade dos rios ao longo de suas ocupações. Paulina Fiusa, de 67 anos, é moradora de São Torquato e possui uma lanchonete há 25 anos ao lado do rio Aribiri, chamado hoje de valão de Aribiri.

Ela relata que com o passar dos anos, o rio se transformou em uma rede de esgoto com auxílio da ação humana. “Jogam tudo dentro do mangue. Fora o lixo, né? Pessoal da rua joga muito lixo, mas a gente está trabalhando aqui... Na época que eu comecei a trabalhar não era assim. Não era mau cheiro assim não, a água era limpa e a gente via o mar”, revela.

Em Vila Velha, esgoto ainda é desafio e compromete saúde dos moradores
Daniela Caser, de 55 anos, mostra valão de esgoto no seu bairro, Praia da Costa, em baixo da Terceira Ponte. Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

O odor é marcante em todos os ambientes visitados. Na Praia da Costa, o canal que deságua no oceano é o principal problema enfrentado no quesito saneamento. A arquiteta e urbanista Daniela Caser, 55 anos, habita a região há 30 anos e afirma que o mau cheiro e a presença de mosquitos sempre existiu. “É o mesmo esgoto a céu aberto que vemos em bairros periféricos”.

Um fato em comum relatado em todos os bairros é o costume com o cheiro dos valões. Paulina conta que mesmo tendo uma lanchonete ao lado do rio Aribiri, tomado pelo esgoto, afirma que seus clientes nunca reclamaram do odor quando estavam em seu estabelecimento. Na Praia da Costa, Daniela diz que a percepção do mau cheiro quando se mudou é diferente da que tem hoje. 

Daniela Caser

Arquiteta urbanista moradora da Praia da Costa

"Engraçado como a gente se acostuma com o cheiro do esgoto. Quando a gente veio pra cá, era muito fedorento. No início estranhamos muito o cheiro do esgoto, mas depois nos acostumamos. Não sentíamos mais o cheiro"

A poluição e a falta de recolhimento de esgoto causam a proliferação de insetos, como os mosquitos, e de animais, como ratos. Daniela Caser conta que o valão é “onde se encontram esses animais”. O mesmo problema acontece em São Torquato, como reclama a moradora Sueli Alves: “O bairro aqui é empesteado de ratos”.

O infectologista Crispim Cerutti afirma que o contato com esgoto pode acarretar em problemas de saúde como a leptospirose, também conhecida como ‘doença do rato’ e alerta às consequências dessa infecção. “A leptospirose é introduzida pelo contato com a água pluvial ou de esgoto e penetra pelas mucosas ou pele ferida. As complicações podem levar à insuficiência renal”, explica.

UNIDADES DE SAÚDE SOFREM COM ALTA DEMANDA

Apesar de os bairros citados possuírem os mesmos problemas, o acesso à saúde se mostra como um ponto divergente. Como um dos bairros nobres de Vila Velha, a Praia da Costa conta com várias unidades de saúde particulares. Terra Vermelha e São Torquato são assistidas pela rede pública e sofrem com a superlotação por atenderem vários bairros.

Em São Torquato, o atendimento da Unidade de Saúde do bairro se estende a outros seis bairros da região. Sueli Alves diz que o tempo para marcação de consulta é demorado.

Em Vila Velha, esgoto ainda é desafio e compromete saúde dos moradores
Unidade de saúde do bairro São Torquato . Crédito: Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto

 “Eu não sei o que acontece naquele posto de saúde, porque a gente conseguia marcar e ter um exame. Já fiz muita mamografia ali. Hoje você não consegue mais. Eu fui lá tentar um ginecologista, mas só tem para o ano que vem. Para março do ano que vem”, afirma.

Já no bairro Terra Vermelha, Valdirene é só elogios ao atendimento na unidade de saúde, mas mesmo tempo pondera ser necessário ampliar a rede para atender melhor a população.

 “A unidade de saúde foi criada para 10 bairros, mas atende 30. Eu defendo a unidade de saúde daqui e a sua administração, mas há um problema de superlotação. Nós esperamos que com a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera, a unidade seja desafogada. A inauguração está prevista para este mês ainda, nos prometeram que sai esse ano”, afirma.

PANDEMIA

A chegada do coronavírus no Brasil foi sentida de diferentes formas por cada região. Dentro das cidades o fenômeno se repetiu. Até o mês de novembro, são quase 24 mil casos e 551 mortes no Espírito Santo, segundo o Painel Covid do Estado. A Praia da Costa é o bairro mais afetado de Vila Velha e o segundo com maior número de pessoas infectadas pelo vírus no Espírito Santo.

Daniela Caser revela que as pessoas não respeitam o isolamento social dentro do bairro. “A gente vê as pessoas no barzinho, nas academias ou na praia sem respeitar o isolamento social. Eu nunca peguei, mas minha irmã está com suspeita de ter coronavírus”, diz. Apesar do grande número de casos, o índice de letalidade na Praia da Costa é de 1,5%, abaixo da média de Vila Velha (2,3%) e do Espírito Santo (2,4%).

São Torquato, por sua vez, é destaque na proporção de casos e óbitos. Treze pessoas perderam a vida para Covid-19, o que representa uma taxa de 4,7% dos óbitos em relação ao número de casos confirmados, o dobro em relação à média municipal e estadual.

Terra Vermelha teve 127 casos confirmados de Covid-19 e três óbitos, dentro das médias municipal e estadual. A vice-presidente da Associação Comunitária do bairro conta que esses casos podem ter relação com a necessidade de moradores da região que trabalham em áreas como Praia da Costa e Itapoã e que durante a pandemia não podem cumprir com o isolamento social.

“A maioria das pessoas aqui trabalha na Praia da Costa e Itapoã, então sempre estivemos no foco. Tivemos alguns óbitos por Covid no bairro. Hoje quase não se vê casos de Covid, tem um tempo que não vemos caso. As pessoas ainda têm medo, principalmente a terceira idade que é grupo de risco. O contágio foi mais esse de pessoas que moram em Praia da costa, o lugar onde mais teve casos”, explica Valdirene.

O QUE DIZEM OS CITADOS

Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb):

A Sedurb informa que o Governo do Estado tem um pacote de obras de macrodrenagem com investimentos de R$ 440 milhões. São ações de limpeza de canais e construção de estações de bombeamento, diques e pontes, que beneficiarão os municípios de Vila Velha, Cariacica, Viana e Colatina. Já sobre a execução de serviços de abastecimento de água, esgotos sanitários e valões nos municípios, a Sedurb diz que a responsabilidade é da Cesan.

Cesan:

Segundo a Cesan, a Praia da Costa, com exceção da região do Morro do Moreno, está entre os bairros com sistema de coleta. Já Terra Vermelha e São Torquato não têm a infraestrutura necessária, mas serão atendidos nos próximos anos dentro do prazo para a universalização dos serviços que se dará em 2030, como prevê a legislação. Além disso informa que uma das principais dificuldades enfrentadas é a não interligação dos imóveis à rede coletora, uma responsabilidade do morador do imóvel.

Secretaria de Saúde de Vila Velha:

A Secretaria de Saúde de Vila Velha diz que o plano municipal de saúde ampliou o acesso à saúde básica com a construção de quatro novas unidades de saúde, sendo que a de Vila Batista já foi entregue e as demais estão em fase de acabamento.

Além disso, informa que houve um aumento expressivo nos últimos quatro anos no número de consultas especializadas, mas que, assim como outros municípios da Grande Vitória, depende da oferta dessas consultas pela rede estadual de saúde.

Em relação às unidades de saúde, a Secretaria de Saúde promete resolver a demanda da região de São Torquato, entregando uma nova unidade até o fim do ano. Sobre Terra Vermelha, o órgão diz que o bairro já conta com uma unidade de grande porte, que funciona até às 22 horas, com quadro completo de servidores públicos e terceirizados para o atendimento da população.

Sobre a zona rural, informa que a região de Xuri conta com atendimento toda quarta, pela manhã, e que o atendimento da Região Cinco será ampliado após a entrega de uma UPA, em Riviera da Barra, programado para dezembro.

A respeito de doenças relacionadas à situação do esgotamento no município, a Secretaria de Saúde diz que o carro fumacê passa quinzenalmente em todos os bairros de Vila Velha, e que os agentes de endemias estão atualmente no terceiro ciclo de visitas aos imóveis da cidade, buscando eliminar criadouros de mosquitos e diminuir o risco de transmissão de doenças como dengue, Chikungunya e Zika Vírus.

São Torquato recebeu a visita recentemente da equipe, Praia da Costa está sendo visitada e Terra Vermelha será a próxima localidade no cronograma. No verão, ações conjuntas entre a Secretaria de Saúde e a de Serviços Urbanos foram realizadas em São Torquato e na região da Grande Terra Vermelha.

Além disso, ações de fiscalização de focos de dengue foram intensificadas com ações conjuntas entre a Vigilância Ambiental, Posturas e Vigilância Sanitária. As escolas, mesmo sem funcionar por conta da pandemia, também estão sendo monitoradas periodicamente pelos agentes para eliminar possíveis criadouros de mosquitos, evitando o risco para a comunidade.

Sobre os canteiros de obras na Praia da Costa, a Secretaria de Saúde diz que está vistoriando-os periodicamente, com eliminação ou tratamento e orientação aos funcionários sobre as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. E que todos os endereços com casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika vírus receberam tratamento com inseticida para eliminar o mosquito adulto e, consequentemente, promover bloqueio da transmissão desses casos.

Secretaria Municipal de Obras de Vila Velha:

A Secretaria Municipal de Obras de Vila Velha informa que a captação e o tratamento do esgoto lançado a céu aberto no município não são de responsabilidade da Prefeitura, mas sim da Cesan. A Prefeitura é responsável pela manutenção das redes de drenagem do município e, nesse sentido, realiza um trabalho planejado com várias ações nas cinco regiões da cidade, dentro dos recursos financeiros que dispõe para isso.

Nesse sentido, bairros como São Torquato e a região da Grande Terra Vermelha recebem manutenção diária por meio dos serviços prestados pelas equipes regionais. Dentre os serviços executados, pode-se citar a limpeza e manutenção dos canais e galerias com o carro sugador, entre outros realizados de acordo com as necessidades de cada região. Todos os serviços realizados também têm foco preventivo e colaboram com a vazão das águas nos períodos de chuva.

Na segunda parte desta reportagem, você pode conferir como a educação e a segurança pública também são problemas persistentes no cotidiano dos moradores de Vila Velha.

* Israel Zuqui, Nádia Prado e Vinicius Zagoto são alunos do 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foram supervisionados pela jornalista Ana Laura Nahas.

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